MP aceita representação para apurar operação da Suzantur

O Ministério Público do Estado de São Paulo recebeu a representação da vereadora Márcia da Coletiva de Mulheres (PT) para apurar os motivos pelos quais a empresa Suzantur – responsável pelo transporte público de Ribeirão Pires – não mantém 48 coletivos na rua. As informações são do Diário do Grande ABC.

O documento leva em consideração levantamentos realizados e reclamações dos usuários devido a diminuição da frota. De acordo com o contrato assinado em 2004 após adquirir a Rigras, a empresa deve manter um determinado número de coletivos. Contudo, a vereadora não soube informar quantos ônibus estão atuando.

A frota foi reduzida em 2020 devido à pandemia de Covid-19 e em alguns bairros, a operação chegou a ser interrompida e colocada em outro percurso. Márcia alega que a representação tem como base o descaso da empresa, bem como as reclamações dos usuários com relação ao transporte coletivo municipal.

Outro ponto citado é a utilização de ônibus com superior a seis anos, o que infringe os termos contratuais com a empresa. Segundo a vereadora, há 10 veículos em atividade que ultrapassaram o tempo de uso limite.

A Prefeitura alegou em nota que ““em relação à operação da frota, a concessionária apresentou à Prefeitura dados que demonstram que a quantidade de pessoas transportadas diariamente em linhas municipais se mantém abaixo do volume registrado antes da pandemia de Covid-19. Naquele período, a média de transporte era de 25 mil passageiros por dia. Em setembro deste ano, por exemplo, relatório apresentado pela concessionária indica que o número de usuários foi de 20.810 por dia, o que representa 80% do volume previsto por contrato celebrado antes da pandemia”.

Apesar de adquirir a Rigras em 2021, a Suzantur só assumiu a operação da frota em junho deste ano. O MP também investiga a atuação da empresa em Mauá.