Educação financeira: dicas de como tratar o tema com as crianças

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Educação financeira ainda é um tabu em algumas famílias. Por conta disso, muitos erros na gestão das finanças pessoais, já na vida adulta, são reflexo da ausência do tema na infância. Para a criança começar a entender o valor do dinheiro, ter limite e empoderamento financeiro, ela deve participar de conversas sobre o tema, ser inserida na definição dos objetivos da família, seja para a programação de uma viagem, a compra de um carro ou, até mesmo, de um presente para si.  
 

“Acreditamos no empoderamento financeiro e na importância de ter uma relação aberta e transparente sobre dinheiro com a criança. É fundamental explicar de forma didática quanto é necessário economizar por mês para atingir determinado objetivo, além da importância de fazer um acompanhamento constante sobre a evolução dos gastos e economia para alcançar a meta desejada”, recomenda Márcia Silva, gerente de investimentos da Sicredi.

É dever dos pais explicar para a criança se estiverem passando por dificuldades financeiras. Dessa forma é possível evitar a falta de entendimento sobre a mudança de padrão de consumo da família. 

A Sicredi acredita que aprender sobre educação financeira na infância faz toda a diferença, pois ajuda a formar adultos mais conscientes com o uso do dinheiro. Pensando em como auxiliar os pais nos primeiros passos de investimentos para seus filhos e, também, na abordagem do tema junto às crianças, a gerente de investimentos listas algumas dicas importantes que podem ser implementadas a qualquer instante no núcleo familiar. Confira: 

1. Abrir uma conta  

Isso ajuda no empoderamento financeiro da criança. Ter um cartão de débito para saques faz a criança entender o valor do dinheiro, o que é limite e saber o que pode ou não comprar. Já uma poupança dá para a criança a ideia de economizar para longo prazo, para um objetivo maior.  

2. Previdência privada 

Assim que o CPF do bebê é emitido já é possível contratar um plano de previdência privada. O objetivo, aqui, é o planejamento de longo prazo, para a vida adulta. O estudo sempre deve ter o maior peso para o investimento da criança. Ou seja, o ideal é que esse dinheiro investido ao longo dos anos seja usado para custear intercâmbios ou para pagamentos de cursos ou faculdade.   

A recomendação, nesse caso, é fazer um plano PGBL – plano garantidor de benefício livre – que tem isenção de imposto após dez anos de aplicação e o aporte mínimo é de R$ 50 por mês. É indicado que, pelo menos, uma vez por ano, seja feito uma contribuição com valor maior do que o de costume. 

3 – Mesada 

Crianças de até sete anos não devem ganhar mesada. Na fase, o indicado é que o ganho seja por meritocracia. Por exemplo: a cada tarefa determinada e realizada pela criança são acumulados pontos que serão convertidos em dinheiro.  

A partir dos sete anos as crianças podem receber mesada. Além do valor fixo mensal, os pais podem incrementar uma quantia extra mantendo a recompensa pelos méritos, conforme regras determinadas para a nova fase da criança.  

Depois dos dez anos, as regras referentes ao ganho de pontuação já estão estabelecidas e, nesse caso, o ganho por meritocracia deve ser descontinuado. Recomenda-se ainda que para uma mesada de R$ 150, por exemplo, deve-se separar R$ 50 para investir. Já o restante deve ser colocado em conta poupança para gastos da criança durante o mês.