Moradora de Ribeirão Pires, dançarina concilia o amor pela dança com os desafios da maternidade da pequena Mariah
Entre palcos e fraldas, Fran segue sua arte com novos ritmos. Foto: Arquivo pessoal
A dançarina Franciele Carvalho, de 30 anos, encontrou novos ritmos na vida desde que se tornou mãe. Moradora de Ribeirão Pires, ela hoje vive o desafio de equilibrar a maternidade com a paixão pela dança, encarando o palco com outras prioridades e redescobrindo sua identidade artística. A reportagem é da jornalista Kethilyn Mieza, Agência Mural.
Conhecida como Fran, ela é mãe da pequena Mariah, de 1 ano e 4 meses, e está retomando os treinos nos estúdios após um período de pausa. Com mais de dez anos de trajetória na dança, Fran começou aos 14 anos, inspirada pela mãe e pelas tias. Já foi professora, participou de clipes musicais e se apresentou em shows ao lado de nomes importantes do rap nacional, como Drik Barbosa.
Durante a pandemia de Covid-19, Fran interrompeu temporariamente a carreira e passou a buscar alternativas de renda e suporte para a saúde mental. Pouco tempo depois, veio a descoberta da gestação, que mexeu completamente com seus planos.
“Na minha cabeça coloquei assim: ‘nunca mais vou voltar a dançar, nunca mais vou poder viver da dança, porque agora vou ter uma filha, vou ter que sustentá-la’”, relembra.
Com o apoio de amigos e familiares, encontrou um novo significado para a maternidade dentro da própria arte. Chegou a se apresentar grávida até o quinto mês de gestação. Após o nascimento de Mariah, a pausa se fez necessária mais uma vez, mas hoje, Fran está de volta aos ensaios e apresentações — agora, com uma plateia especial: sua filha.
“Para mim, está sendo tudo muito novo. Parece que comecei a dançar hoje”, afirma.
Para Fran, a maternidade trouxe amadurecimento e empatia, que hoje se refletem não apenas na vida pessoal, mas também em sua expressão artística. “A maternidade me transformou numa mulher mais madura. Tenho uma visão um pouco mais sensível para as coisas, um pouco mais de empatia também pelas pessoas. E a vida muda”, diz.
Atualmente, ela participa do Cult.iva Cultural, um coletivo que promove eventos voltados ao hip hop com aulas, palestras e atividades culturais na região de Ribeirão Pires, onde segue construindo sua jornada com novos passos — mais conscientes e conectados ao seu momento de vida.