Estudante cai de bicicleta em rodovia após perder direito ao transporte escolar

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Aluno caiu ao se assustar com ônibus em rodovia; caso ocorre no momento em que o MP investiga possíveis irregularidades no transporte escolar gratuito.

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Aluno foi atendido na UBS de Ouro Fino e encaminhado para a UPA. Foto: arquivo pessoal

Na manhã de quinta-feira (17), por volta das 7h, um aluno de 13 anos da Escola Municipal Sebastião Vayego de Carvalho, no bairro Ouro Fino, sofreu um acidente ao ir de bicicleta para a escola, após perder o direito ao transporte escolar gratuito. O estudante, que mora a aproximadamente 1,8 km da unidade de ensino, passou a utilizar a bicicleta como meio de locomoção devido à nova regra municipal, que limita o benefício apenas aos alunos que residem a mais de dois quilômetros da escola.

O acidente ocorreu na Rodovia Índio Tibiriçá, próximo ao acesso da rua da escola. Segundo relatos da responsável pelo aluno, ele se assustou com a passagem de um ônibus em alta velocidade, jogou a bicicleta para o lado, o pneu travou e ele foi arremessado da bicicleta. Testemunhas afirmam que a queda foi violenta e aconteceu a poucos metros do veículo, o que tornou a situação ainda mais preocupante. “Graças a Deus ele caiu para o lado da calçada, Deus livrou ele de ter ido para a pista”, disse, emocionada, a responsável.

Dois homens que estavam próximos ao local prestaram socorro imediato. Um deles levou o menino de carro até a escola, enquanto o outro ficou responsável por guardar a bicicleta. A escola entrou em contato com a mãe do estudante relatando o estado de desespero do aluno, que apresentava diversas escoriações, roupas rasgadas, e estava sujo de terra e com sangramentos aparentes.

O aluno foi atendido inicialmente na UBS do bairro Ouro Fino e, posteriormente, encaminhado à UPA Santa Luzia, onde passou por exames de raio-X na cabeça e no punho.

No dia 25.04 o Ministério Público instaurou um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades no transporte escolar em Ribeirão Pires. A investigação foi motivada por denúncias e pela repercussão negativa do decreto municipal, assinado pelo prefeito Guto Volpi, que alterou os critérios de concessão do serviço, excluindo estudantes que moram a menos de dois quilômetros da escola e com idade acima de 11 anos.