

Caso aconteceu após discussão sobre transporte irregular de menores em veículo não identificado como sendo do Conselho Tutelar.
Conselheira teve a mão lesionada ao tentar dialogar com assessor. Foto: reprodução
Uma conselheira tutelar registrou um boletim de ocorrência após ter sido agredida por Hércules de Carvalho, assessor do prefeito Guto Volpi. O caso ocorreu no dia 15 de abril, por volta das 17h50, na Rua Capitão José Gallo, na Vila Bocaina.
De acordo com as informações do boletim de ocorrência, a vítima acompanhava o transporte de menores ao Conselho Tutelar de Mauá — procedimento que, por lei, exige o uso de veículos oficialmente caracterizados. Durante o trajeto, a conselheira percebeu que um dos carros utilizados, que transportava três menores, não estava identificado como veículo oficial do Conselho Tutelar.
Preocupada com a situação, a conselheira pediu que o veículo parasse para averiguação. Ao tentar conversar com o condutor, identificado como Hércules de Carvalho, ela relatou ter sido tratada com hostilidade. Ainda segundo o boletim de ocorrência, o assessor se mostrou ríspido, falando de forma áspera e em tom elevado. Em seguida, ao fechar bruscamente a porta do carro, prendeu a mão esquerda da vítima, causando uma lesão.
Conforme informações a Polícia Civil foi acionada e registrou o caso como lesão corporal na Delegacia de Ribeirão Pires. A conselheira foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de exame de corpo de delito.
Hércules de Carvalho, além de atuar como assessor do prefeito, foi candidato a vereador nas últimas eleições, mas não se elegeu. Ele também já foi citado em denúncias de suposta compra de votos e esteve envolvido em outro caso polêmico neste ano, quando moradores o acusaram de descarregar, de forma irregular, nove caminhões de terra na Rua Primo Pelegrine, gerando diversas reclamações na região.
Fica a dúvida sobre o motivo pelo qual um assessor do prefeito estava dirigindo um veículo transportando menores para o Conselho Tutelar, já que ele trabalha na Prefeitura e não faz parte do quadro de conselheiros tutelares.
Contribuiu para a reportagem informações da Secretária da Segurança Pública do Estado de São Paulo.
