O projeto JumpAI, desenvolvido por um trio de estudantes da Etec (Escola Técnica Estadual) Professora Maria Cristina Medeiros, de Ribeirão Pires, será um dos quatro representantes do Estado de São Paulo na 4ª edição da Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica, promovida pelo MEC (Ministério da Educação), entre os dias 26 e 28 de novembro, em Brasília. A seleção foi feita pelo Centro Paula Souza.
O trabalho utiliza a visão computacional, ferramenta de Inteligência Artificial, para criação de jogo interativo para crianças com mobilidade reduzida. O mecanismo permite que o usuário controle as ações das personagens com movimento ocular. Ao todo, no Brasil, 80 projetos foram selecionados para participar das exposições realizadas pelo governo federal.
Em agosto, o JumpAI já tinha sido premiado na 15ª Feteps (Feira Tecnológica do Centro Paula Souza), com o 2º lugar. “Para nós, foi um choque, porque, até então, só estávamos participando de eventos em São Paulo e do Centro Paula Souza. Ir para outro Estado nos deu a dimensão da valorização do projeto. É uma semana de programa 100% presencial. O Centro Paula Souza vai custear a viagem para duas integrantes do projeto e um professor-orientador”, conta Giovana Rocha, 18 anos, que criou o jogo junto com Ana Laura Vicentine Ribeiro e Thifany Garcia.
A ideia surgiu a partir do caso de Gianlucca Trevellin, jovem andreense que foi diagnosticado com AME (Atrofia Muscular Espinhal) com 1 ano e que tem baixa mobilidade. A família dele entrou em contato com a professora Cíntia Pinho, orientadora do projeto, e relatou que o garoto chorava muito ao ver outras crianças jogando. Ela então perguntou se era possível criar um dispositivo adaptado para o filho.
Na quarta-feira (23), o JumpAI também venceu a 4ª edição do Intel AI Global Impact Festival, realizada na sede da Intel Brasil, na Capital. Ao todo, foram avaliadas mais de 100 propostas de 25 países.