Na tarde desta quinta-feira (11), aconteceu o ato unificado contra a aprovação das escolas cívico-militares em Ribeirão Pires, com a presença de estudante, professores e movimentos sociais. Eles se reuniram em frente à Estação de Ribeirão Pires, onde realizaram panfletagem e discursos contrários ao programa do Governo do Estado de São Paulo.
O ato também contou com a presença da vereadora Márcia da Coletiva de Mulheres (PT), e do pré-candidato a prefeitura de Ribeirão Pires, Renato Foresto (PT). Durante a ação, a ex-diretora Sílva Zanella falou sobre a diferença entre a escola militar e a escola cívico-militar, afirmando que o programa proposto é uma “intervenção” que tem como objetivo “impor ideias” nas escolas públicas.
“Eles falam que (o programa) é para disciplinar a escola, como se precisasse de militares para disciplinar. Eles têm que disciplinar o quartel deles, não a escola. Além de tudo, são policiais militares aposentados que receberão mais que o dobro do salário dos professores efetivos, concursados ou não, da rede estadual. Qual a motivação para isso? Não há necessidade de colocar essas pessoas. Isso tem cheiro de cabide de emprego para colocar militares aposentados para ganhar mais que professores”, reforçou.
A coordenadora da Apeoesp, subsede Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Neusa Nakano, relatou que duas das nove escolas elegíveis já manifestaram interesse na adesão do programa.
Para o sindicato, a implantação do programa tem como objetivo mascaras os problemas reais das escolas públicas estaduais, para distrair a sociedade dos maus resultados das políticas educacionais.