Ribeirão Pires e outras três cidades do Grande ABC (Santo André, Diadema e Mauá), decretaram no último sábado (23) Estado de Emergência para Dengue. A decisão foi tomada durante reunião do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC na sexta (22).
O presidente do Consórcio e prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), informou que a decisão foi tomada em comum acordo após reuniões realizadas entre as secretarias de Saúde da região, que compõem o Grupo de Trabalho (GT) Saúde do Consórcio ABC. Neste ano, até o dia 20 de março, as sete cidades do ABC somam 10.775 notificações de dengue, sendo 4.158 casos confirmados e outros 6.722 prováveis. Oficialmente, há confirmação de uma morte pela doença e outras sete em investigação. Os dados são do Painel de Monitoramento de Dengue, Chikungunya e Zika do Governo do Estado de São Paulo.
Se comparar com o ano passado, os dados do ABC, em menos de três meses de 2024, já são bem maiores que os registrados em todos o ano passado, quando a região contabilizou 551 moradores infectados com a doença – este ano o aumento já é de 754% em relação aos casos confirmados de 2023.
“Os secretários da Saúde da nossa região se reuniram e elaboraram uma nota técnica recomendando a decretação de estado de emergência, considerando o cenário epidemiológico e critérios técnicos para esta decisão. Nossa região seguirá o mesmo caminho do governo estadual e da Prefeitura de São Paulo, que já anunciaram medida semelhante recentemente”, explicou Filippi.
Para coibir a proliferação do mosquito Aedes aegypti na região, os municípios já realizam, individualmente, ações como campanhas de conscientização da população e fiscalização de possíveis focos de dengue de casa em casa. Em âmbito regional, o Consórcio ABC lançou no mês passado uma cartilha digital com informações importantes no combate ao inseto e prepara a realização de um “Dia D Regional Contra a Dengue” no início do mês de abril.
“Precisamos de esforços conjuntos para combater o Aedes aegypti e evitar que nossa região se depare com uma situação ainda pior do que vivemos hoje. Para isso, é preciso união do poder público e da população em prol desta causa”, afirmou.