Márcia, Coletiva de Mulheres: a vereadora que ainda falta brilhar

No último mês, iniciamos a série de reportagens sobre os vereadores da cidade. Ao todo serão 17 reportagens mostrando o trabalho dos parlamentares municipais. Nos textos, nossos jornalistas também darão a opinião sobre o trabalho de cada legislador. Toda terça e quinta, sairá uma matéria nova. Na última reportagem, o vereador da vez foi Guto Volpi.

A parlamentar de hoje é Márcia, da Coletiva de Mulheres (PT). A Coletiva se intitula como uma mandata feminina e feminista, com intuito de atuar em políticas públicas voltadas às mulheres e à família. No total, o grupo contém 15 membros – não sendo o mesmo formato da eleição, já que diversas pessoas decidiram abandonar o grupo, e é representado pela vereadora Márcia Gomes. Em 2012, Márcia chegou a se candidatar como vereadora, mas não obteve votos suficientes para se eleger, mas no ano passado, com o mandato coletivo, obteve êxito e é a única representante do PT na câmara.

Em relação aos projetos que a Coletiva apresentou até o momento, dois são relacionados a pauta que elas defendem, como por exemplo, o projeto que ‘Cria a Campanha Permanente de Conscientização e de Enfrentamento ao Assédio e Violência Sexual’, bem como o ‘Programa Tem Saída’, destinado ao apoio às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Além disso, no início do ano, Marcia trouxe uma emenda parlamentar através do Deputado Federal e ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), no valor de R$ 100 mil, destinado para ações voltadas ao combate da Covid-19.

Logo no início do mandato, a vereadora deixou a desejar quando falamos em atuação. Talvez a expectativa fosse muito alta, já que nomes do PT que passaram pela cidade faziam um trabalho mais embativo. No entanto, a vereadora tem mostrado ações muito positivas, mas ainda falta.

Apesar de todas as ações voltadas para a pauta, quando o assunto é exercer o cargo como vereadora, sentimos que deixa algo à desejar. Esperávamos mais projetos voltados às mulheres da nossa cidade sendo apresentados na Câmara. Alguns deles foram apresentados por outros vereadores, como o projeto que visa fornecer ou distribuir gratuitamente, absorventes higiênicos para munícipes de baixa renda, bem como estudantes de escolas municipais, intitulado ‘Promoção da Dignidade Menstrual’. Nesse ponto, esperávamos que a atitude viesse da Coletiva, o que não aconteceu.

Alem disso, ainda falta ouvir mais a vereadora, e não um discurso pré-formulado, como vem sendo feito nas últimas sessões. Vemos a vereadora ler seus discursos, mas ainda não temos visto ela falando com o coração.