Uma semana após o incidente, efeitos do lixo tóxico persistem

A equipe do DiárioRP voltou na tarde desta terça-feira (10) ao local do derramamento do lixo tóxico despejado por um motorista de caminhão ainda não identificado. O fato ocorreu na Rua Alferes Botacin (que liga a estação de Ribeirão Pires da Linha 10-Turquesa à Vila Aurora) na última quarta-feira (04). Foi constatado que o odor ainda segue incomodando as pessoas que passam pela região.

Tanto os residentes quanto os comerciantes informaram ao DRP, na última quarta-feira, que um caminhão que transportava produtos químicos despejou uma quantidade do líquido na rua, causando um forte odor de vinagre. Funcionários da Prefeitura teriam ido até o local na oportunidade e, sem saber o que era o produto, lavaram a rua com mangueira, fazendo com que todo o resíduo fosse descartado nas galerias de águas pluviais, que levam aos rios da cidade.

Após isso, o vapor gerado pela lavagem fez com que todas as vegetações próximas ficassem com um aspecto seco, semelhante a quando estão queimadas. Tal problema causa pânico nos moradores da região, uma vez que o produto não só é desconhecido, mas também nocivo a natureza. Com isso, a comunidade teme que o químico possa ser da mesma forma prejudicial à saúde.

Uma mulher que vive na região – que não quis se identificar – conta que não concordou com a atitude da prefeitura em não recolher uma amostra do produto e dessa forma reconhecer e resolver o problema. Ela disse ainda que espera encontrar os culpados para que seja feita a justiça, já que não se conforma com os danos causados. “Me preocupo com as crianças que circulam pela rua para ir à escola, nenhum de nós conhece esse produto e estamos respirando ele desde quarta”, conta.

Vale lembrar que uma jovem de 20 anos, Ana Carolina dos Santos, foi vítima do produto na hora do acidente e teve queimaduras de 1° e 2° grau nas duas pernas, no braço e no rosto ao ter o químico em contato com a pele após escorregar na via. Uma semana depois do incidente, Ana ainda está em observação médica. Até o momento, tanto o produto químico quanto o suspeito que dirigia o caminhão permanecem desconhecidos.