Cerca de dois milhões de pessoas serão empregadas em 2020

De acordo com dados do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgados no fim de janeiro, os índices de trabalho com carteira assinada atingiram o melhor resultado desde 2013.

Entre 2015 e 2017, o Brasil perdeu o equivalente a 2,9 milhões de postos de carteira assinada e o balanço entre 2015 e 2019 estima que, no total, foram perdidas 1,7 milhão de empregos formais. Estima-se, no entanto, que o mercado de trabalho gerou um saldo positivo de 664 mil postos formais em 2019, o que representa 115 mil vagas a mais do que o ano anterior.

Segundo dados da Secretaria do Trabalho, todas as regiões do país registraram um maior índice de contratações do que de demissões em 2019, sendo que os melhores resultados foram registrados nas regiões Sudeste e Sul, nas quais houve abertura de cerca de 318 mil e 143 mil vagas, respectivamente.

Dentre os setores avaliados pela Secretaria, o de serviços foi o que apresentou a maior geração de empregos, com uma oferta de 382,5 mil vagas formais. O aumento de tais vagas tem impacto direto na atividade econômica brasileira, tanto por parte das empresas quanto dos trabalhadores. “Com o aumento das vagas formais, a economia tende a se movimentar de maneira mais estável”, comenta Tímor Espallargas, CEO da mywork, startup de controle de ponto online. “As empresas passam a ter mais demandas e a situação financeira torna-se propícia para a admissão de funcionários novos com carteira de trabalho assinada e para o investimento em melhorias de sistemas para gestão de pessoas”, acrescenta o executivo.

Diante deste cenário, a consultoria Tendências estima um crescimento de 2,1% do PIB para o ano e estima que 1,8 milhões de pessoas deverão conseguir uma vaga de emprego, dentre as quais metade serão com carteira assinada.

Nesse contexto, a procura por profissionais capacitados para a gestão de departamento pessoal também deverá aumentar, uma vez que o quadro de funcionários de várias empresas deverá crescer e, ainda, poderá apresentar colaboradores que precisam de atualizações. Os investimentos em treinamento para funcionários deverão estar no radar dos gestores, bem como a elaboração de ações de endomarketing para promover a integração dos novos funcionários com as atividades das empresas. “O aumento das ofertas de vagas também significa o aumento dos investimentos internos relacionados à qualificação dos colaboradores.” afirma Thomas Carlsen, co-fundador da mywork. “Isso é extremamente benéfico não só para o funcionário que conseguiu uma reinserção no mercado, mas também para o empregador, que poderá atingir maiores resultados com uma equipe mais capacitada”.