Greve dos caminhoneiros entra no 8º dia

A paralisação dos caminhoneiros entra nesta segunda-feira, 28, no oitavo dia. A categoria ainda mantém bloqueios em todo o País, o que causa o desabastecimento de produtos e combustível nas cidades. Polícias estaduais, Polícia Federal e tropas do Exército negociam a saída dos manifestantes das estradas e fazem escoltas para liberar a saída de caminhões-tanque de refinarias.

Na noite de domingo, 27, o presidente Michel Temer anunciou seis medidas em resposta às reivindicações dos caminhoneiros:

1) A redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel. Isso corresponde aos valores do PIS/Cofins e da Cide, somados. Segundo Temer, o governo irá cortar do orçamento, sem prejuízo para a Petrobras;

2) A garantia de congelamento do preço do diesel por 60 dias. Depois disso, o reajuste será mensal, de 30 em 30 dias;

3) Será editada uma Medida Provisória para a isenção de eixo suspenso em praças de pedágios, tanto em rodovias federais, como nacionais;

4) O estabelecimento de uma tabela mínima de frete, conforme previsto no PL 121, em análise no Congresso;

5) A garantia de que não haverá reoneração de folha de pagamento no setor de transporte de carga;

6) A reserva de 30% do transporte da carga da Conab para motoristas autônomos.

Nos grupos de WhatsApp dos caminhoneiros a ordem é manter a paralisação, pelo menos, até terça-feira (29). Por ora, a maioria concordou em liberar as estradas, mas devem continuar estacionados em pontos estratégicos.

Quem deve ter uma trégua, no entanto, são os paulistanos. Segundo a prefeitura da cidade, algumas medidas já foram tomadas para retomar a normalização dos serviços essenciais. No sábado (26), a Polícia Militar realizou uma operação para buscar um milhão de litros de diesel em uma distribuidora da Petrobras. Além disso, três postos da cidade firmaram acordo para serem ponto de abastecimento exclusivo de veículos de serviços essenciais da Prefeitura.

Ainda assim, motoristas de vans escolares marcaram um protesto para esta segunda-feira na Avenida Paulista. Eles também reivindicam a redução de preços dos combustíveis.