Condephaat aprova tombamento da Fábrical de Sal

Fábrica de Sal foi tombada pelo Condephaat. (Foto: DiárioRP)
Fábrica de Sal foi tombada pelo Condephaat. (Foto: DiárioRP)

Alvo de polêmica desde o final de 2015, quando a Prefeitura de Ribeirão Pires apresentou um projeto para construção de um Shopping Center no terreno que abriga a Fábrica de Sal, um dos prédios mais antigos e históricos da cidade, mas que agora está protegido por ser um patrimônio cultural. O fato foi comemorado por muitos defensores, que não queriam que o local desse lugar a um centro comercial.

Durante as discussões sobre o local, o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio  Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), passou a analisar um pedido de tombamento do prédio, que hoje encontra-se abandonado. Após meses em estudo, o pedido foi acatado pelo órgão Estadual, o que impede que a Fábrica de Sal seja demolida, como foi proposto no primeiro projeto de construção de um shopping no local. A proposta, posteriormente, foi alterada pelo Executivo garantido a preservação do prédio.

De acordo com a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, todo o terreno do Complexo Ibrahim Alves de Lima, que além da Fábrica, abriga a Biblioteca Municipal e uma escola, será preservado e não poderá ser alterado.

Deborah Neves, historiadora da UPPH (Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico da Secretaria da Cultura do Estado), diz que “a preservação do local garante a memória das pequenas indústrias construídas na época para o comércio de alimentos”.

“O tombamento pode estimular a produção de conhecimento acerca dos municípios que compõem a Região Metropolitana de São Paulo, sempre ligados à história da Capital. Há dinâmicas muito particulares destes municípios que podem trazer ainda mais conhecimento e compreensão para a história do Estado, especialmente no tema do patrimônio industrial.”

– Garante a historiadora.