Professores Municipais denunciam abandono

(Foto: DiárioRP)
(Foto: DiárioRP)

Em eventos oficiais, o Chefe do Executivo, Saulo Benevides (PMDB), sempre discursou pela qualidade da Educação do município. No entanto, dentre tantas denúncias nos últimas meses relatadas pelo DiárioRP, parece que o sistema educacional de Ribeirão Pires, assim como outros setores, foi abandonado.

Após pais e diretores terem denunciado problemas nas merendas, falta de itens básicos de higiene e a ausência de repasses, agora, foi a vez de professores relatarem desmandos que acontecem na Educação.

“Existem professores efetivos que pegam atestados médicos a todo momento, enquanto os contratados precisam substituir estes que usam motivos para não trabalhar. Acabamos trabalhando a mais, enquanto alguns não trabalham direito.”

– Relatou um profissional.

De acordo com um levantamento feito pelos trabalhadores, mais de 400 educadores ficarão sem emprego em 2017, porque o Executivo não quis dar uma prova aos professores que terão o contrato encerrado ao final de 2016.

“Entendemos que a Prefeitura não tem nenhuma obrigação legal para aplicar um teste, mas existem profissionais que atuam na Educação do Muncípio há mais de uma década e vão ser trocados sem nenhuma chance de ficar? Isso é absurdo.”

– argumentou.

Outro profissional que procurou pelo DiárioRP contou algo ainda mais grave, profissionais estariam recebendo os salários por funções diferentes das quais são formados.

“Sou formado e atuo como pedagogo, mas no meu holerite consta como ‘magistério’. Isso é um absurdo e acarreta em uma diferença enorme no salário que deveríamos receber. Nunca reclamamos por termos medo de sofrermos alguma represália. Até pensamos em fazer protestos em frente ao Paço, mas achamos melhor tentar conversar. Entretanto não obtivemos nenhuma resposta e alguns querem entrar na justiça contra o Paço.”

– Explicou o funcionário que ainda reclamou do acordo feito entre a Prefeitura e o Sindserv no pagamento do dissídio aos profissionais da educação, que deveria ser de 9%, mas o Paço pagou apenas 3%.

Procurada pela reportagem do DiárioRP, o Executivo Municipal não se manisfestou sobre as possíveis irregularidades na área da educação.