Prefeitura quer criar convênio para Sindicato administrar Cartão Servidor

Foto: DiárioRP
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A Prefeitura de Ribeirão Pires quer passar o Cartão do Servidor para o Sindicato dos Servidores Municipais. O projeto de lei deveria ter sido votado na Sessão da Câmara dos Vereadores de segunda-feira (11), mas todos os itens foram adiados em uma manobra de Zé Nelson (PMDB), Presidente da Casa de Leis.

Anteriormente, o Sindicato era responsável pelas cestas básicas fornecidas aos servidores públicos. Porém, querendo fomentar o comércio da cidade, e após diversos protestos questionando a baixa qualidade dos alimentos e o alto valor, a Prefeitura anunciou, em parceria com a ACIARP, o Cartão Servidor. Na época, mais de 40 estabelecimentos comerciais foram cadastrados no programa com o intuito de fazer com que o dinheiro dos trabalhadores acabasse circulando na cidade e não em municípios vizinhos.

Em janeiro deste ano, a Prefeitura pediu o cancelamento do convênio com a associação comercial da cidade. Um dos motivos seria que, financeiramente a parceria não estaria funcionando da maneira esperada. Na ocasião, a sugestão pegou a direção da ACIARP e os funcionários públicos de surpresa.

Agora, o Executivo alega que os motivos do novo convênio com o sindicato seriam o número restrito de estabelecimentos comerciais, insatisfação de comerciantes, melhora no serviço e entre outras razões listadas no projeto de lei.

De acordo com a nova proposta, ficaria a cargo da associação a escolha da nova operadora que deverá implantar o novo sistema para funcionamento do benefício. A norma ainda obriga o sindicato a implantar uma extensa rede de estabelecimentos comerciais e os estabelecimentos comerciais não poderão cobrar taxas adicionais dos usuários.

Questionado sobre a nova aliança entre sindicato, o Vereador Renato Foresto teme que os funcionários saiam prejudicados com o novo acordo.

“Representação por representação, era melhor ter ficado na ACIARP mesmo, porque a associação não fica com nada, ela apenas administra os créditos dos funcionários. Mas conhecendo como é este sindicato, temo que os funcionários sejam os maiores prejudicados. Eles não representam ninguém.”

– Criticou.