A resposta da Capitã da Polícia Militar de Ribeirão Pires, Graziela Bazili, quando perguntada a respeito de seu trabalho, e dos possíveis preconceitos enfrentados em sua profissão, foi tão natural quanto sua desenvoltura à frente do 30º Batalhão da Polícia Militar de Ribeirão Pires.
“Foi natural chegar à esse posto. Estou aqui há 12 anos. No início houve sim um choque, mas quando perceberam que cheguei para somar, a aceitação foi praticamente imediata.”
Comentou a capitã.
Essa naturalidade, a qual se refere a maior patente militar local, se dá pelo fato de “não haver ordens de uma mulher ou de um homem, mas sim de um superior”.
“Não importa se é homem ou mulher, o policial militar sabe respeitar a hierarquia, e o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido é tido como em qualquer outra profissão.”
Enfatizou.
Ela ainda lembra de suas primeiras ações como policial e diz que, quando as pessoas a viram segurando armas, entrando em ação, principalmente as mulheres, sentiram-se mais tranquilas por poder contar com uma representante em um setor estereotipado como masculino.
“Antes existiam as cotas, hoje, entra quem realmente está a fim.”
Comenta Bazili sobre o visível aumento no número de mulheres na PM.
A luta por direitos iguais, que tem como principal data o Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, tem se tornado cada vez mais evidente, mas a Capitã Graziela Bazili gostaria de comemorar de uma forma diferente.
“Acho que poderíamos comemorar o dia do verde, do roxo e principalmente do humano. Se ainda precisamos de uma data para nos lembrar que a mulher também tem direitos, é por que muitas coisas ainda precisam ser mudadas.”
Disse a Capitã, deixando claro a importância da data.
“Nós merecemos o reconhecimento, sim.”
Finalizou.