Em vigor desde 18 de outubro de 2015, o horário de Verão chega ao fim às 0h deste sábado (20) no Distrito Federal e em 10 estados. Pela legislação brasileira, prevista no decreto nº 6.558/2008, o horário de Verão é adotado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Segundo dados do MME (Ministério de Minas e Energia), o principal intuito do horário de Verão é o melhor aproveitamento da luz natural em relação ao uso da artificial. Adiantando os relógios em uma hora, reduzindo o consumo de energia elétrica entre 18h e 21h.
A diminuição no uso de energia nesse horário provoca uma distensão do período maior de consumo de luz e redução do valor dom pico de energia elétrica. Ou seja, a menor demanda diminui o risco de não atendimento total da população em horários de pico.
O decreto fixou a alteração de horário nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal. O texto determina que a mudança entra em vigor às 0h no terceiro domingo de outubro e chega ao fim às 0h do terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte, totalizando cerca de 120 dias.
O MME informou que, nos últimos anos, 0 resultado da aplicação do horário de Verão foi economia de R$ 7 bilhões, que seria necessários para construir uma usina que fornecesse a energia adicional no horário de pico. A redução média da demanda de energia elétrica é de 4,5%, além de economia no consumo de energia elétrica agregada (em MegaWatt/hora) da ordem de 0,5%.
As regiões Norte e Nordeste não se enquadram no horário de Verão pois a medida é mais eficaz nos estados mais distantes da Linha do Equador, onde há uma diferença mais significativa na luminosidade entre o Verão e o Inverno. Em outros países, a técnica também é utilizada, como por exemplo Estados Unidos (Daylight Saving Time), União Européia (Greenwich Mean Time), Paraguai, Uruguai, Chile, entre outros.
Adaptação
Apesar de ser uma pequena mudança, a diminuição de uma hora no relógio não passa despercebido no corpo humano.
“O relógio biológico de cada um de nós precisa se readaptar ao novo horário. Isto leva em geral uns poucos dias. No dia subsequente à mudança de horário, a pessoa tem dificuldade de ir dormir (e para acordar), já que seu relógio biológico estava ajustado para outro horário. Em geral as pessoas têm mais facilidade para se ajustar quando o relógio atrasa uma hora do que quando adianta uma hora.”
Explicou o Prof. Dr. Mario Louzã, médico psiquiatra Membro Filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
Louzã ainda explicou que o ajuste deve ser feito de forma gradual, facilitando a adaptação ao novo horário.
“O ideal seria a pessoa ir fazendo esse ajuste antes da mudança do horário. Começando a dormir mais cedo (ou mais tarde) e acordar mais cedo (ou mais tarde), já prevendo o novo horário. O fato do ajuste ocorrer de sábado para domingo permite que tenhamos um dia de ‘folga’ para começar esse ajuste, antes de enfrentar o horário mais rigoroso da segunda-feira.”
Disse.