Desde a última terça-feira (06) os moradores de Ribeirão Pires não conseguem utilizar todos os serviços dos bancos da cidade por conta da greve dos bancários. A paralisação fechou 8.763 agências em todos Brasil.
Os trabalhadores querem um aumento de 16%, sendo 6,12% de aumento real e 9,88 de aumento inflacionário (além de melhores condições de trabalho, mais funcionários trabalhando nas agências, melhoria na segurança, aumento na participação nos lucros), mas a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ofereceu 5,5%. Proposta que foi prontamente recusada pelos bancários, dando início ao 13º ano seguido de greve da categoria.
Segundo o Secretário de Comunicação do Sindicato dos Bancários do ABC, Otoni Pedro de Lima, todas as agências de Ribeirão Pires e de Rio Grande da Serra estão paradas. Os bancos que ficam na região central de Mauá, Diadema, Santo André, São Bernardo e São Caetano do Sul também estão fechadas. Ainda não há previsão para o fim da greve e também uma nova audiência entre a classe e a Fenaban não tem data marcada, mas disse que a classe está aberta à negociar com a federeção. “Nós queremos um aumento real e também que nosso salário acompanhe a inflação. Não é justo que os trabalhadores ganhem menos”, informou. Ainda de acordo com ele, os diretores dos bancos terão um aumento de 85% aproximadamente.
Cerca de quatro mil funcionários em todo o ABC estão em greve. De acordo com um gerente de uma agência da região, os funcionários são pressionados de hora em hora para que as metas sejam altingidas e que existe um ranking dos melhores e piores funcionários em relação aos objetivos traçados pelos bancos. Aqueles que não conseguem bons números são ameaçados com demissão.
Mesmo com a greve, todas as contas devem ser pagas em dia. Quem não fizer isso está sujeito a cobrança de juros ou multa, segundo o Procon. Supermercados, lotéricas, caixas eletrônicos, aplicativo de celular dos bancos e internet são as opções para deixar tudo normalizado.