Na tarde do último sábado, 13, o músico Robson Miguel realizou um show com músicas do DVD Viva o Brasil. A plateia contou com aproximadamente 50 pessoas. De acordo com a produção e informação do próprio artista, o evento quase foi postergado para futura apresentação em um teatro. No entanto, como os ingressos já haviam sido vendidos, manteve-se a apresentação no Castelo de Robson Miguel, localizado na 4º Divisão, em Ribeirão Pires.
Viva o Brasil no Castelo da Suíça foi produzido em 2014, durante o tour de Robson pela Europa. As gravações foram feitas em três castelos: Castelgrande, Montebello e Sasso Corbaro, localizados em Bellinzona. Para conseguir autorização das autoridades suíças, ele argumentou que morava em um castelo no Brasil, mantido pelo violão. As fotos do Castelo em Ribeirão comprovaram tal afirmação, assim o violonista obteve a reposta que desejava.
Nesse DVD eu prestei duas homenagens, a primeira a Paco de Lucía [ também músico], porque justo na época em que eu estava na Europa, foi quando veio a notícia que ele tinha falecido por causa de um infarte fulminante. E o outro, foi nosso querido Ayrton Senna, porque quando estava lá, completava vintes anos de aniversário da morte do Senna. Então eu inseri [ a música] o tema da Vitória.
– falou o artista.
Na execução de uma música de Tom Jobim, o artista mencionou que a Bossa Nova é matéria de estudo em diversas universidades europeias e americanas. Lembrou o fato de sua mãe ser prima de Nara Leão, ícone desse movimento ao lado de João Gilberto. Ele ainda lamentou que no Brasil as grandes rádios não têm interesse na divulgação e preservação da memória da MPB. Max Pianura, filho de Robson, teve participação especial quando ambos tocaram um choro.
A música instrumental no Brasil de uns tempos para cá, lamentavelmente , não tem ganhado espaço mas mídias. Porém, existem excelentes músicos que não têm espaço, pois se dá mais valor ao cantor que ao músico, assim eles têm mais facilidade no acesso a gravadoras e na mídia. Quase não se tem programas de televisão que abram espaço para entrevistar instrumentistas Antigamente, a gente tinha a rádio Eldorado, a FM 98, a Rádio USP, mas algumas faliram e outras tiveram que se render a música comercial para se manter.
– comentou ao Diário de Ribeirão Pires.