Um grupo de professores reuniu-se, ontem, no centro da cidade, em protesto contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Primeiramente, o grupo, formado por professores e representantes da da sub-sede do ABC do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (APEOESP), realizou uma assembléia decidindo se a greve deveria continuar. Em seguida, após a continuação pela greve ter sido decidida por unanimidade, os grevistas caminharam por Ribeirão Pires.
Com marchinhas e enredo teatral, os professores chamaram a atenção de transeuntes para suas demandas. Um boneco gigante representando Alckmin era a atração da marcha.
Os professores exigem salário equiparado ao de outros profissionais que também têm ensino superior. Além disso, questionaram os valores de salários que são publicados no portal da transparência. Eles afirmam receber salário menor do que os informados.
Clóvis Volpi
Durante o protesto, os manifestantes receberam a informação de que o ex-prefeito de Ribeirão Pires e atual Superintendente do Instituto de Pesos e Medidas (IPEM), Clóvis Volpi, estaria jantando num restaurante do centro da cidade.
Rapidamente, os professores cercaram o local, e começaram a cantarolar palavras de ordem, pedindo que Volpi, que também foi professor, intercedesse junto ao governador.
Em sinal de apoio, o ex-prefeito foi até os professores, porém, não conseguiu falar no microfone, pois alguns dos manifestantes não permitiram – para evitar vínculos políticos.
Para nossa reportagem, Clóvis declarou ser a favor do aumento aos professores:
“Claro que é uma reivindicação justa. O que temos que entender é a situação por qual o país passa. Não é possível fazer o aumento sem uma revisão no orçamento, mas acredito que o governador já criou um comitê de gestão financeira para isso.”
– concluiu o ex-prefeito.
Vitória na Justiça
A 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo decidiu em que o Governo do Estado não poderá fazer descontos nos salários dos professores, sob o pretexto de dias não trabalhados, por força da greve.