A 79ª Festa do Pilar aconteceu sem incidentes que causassem prejuízos ao evento. Dentre as atividades, o público pôde assistir aos shows de Leonardo, na sexta-feira (1), com público de 12 mil pessoas. No sábado (2), Roberta Miranda se apresentou para seis mil pessoas. Já no encerramento, domingo (3), o número saltou para 15 mil durante a apresentação da dupla Thaeme e Thiago. Segundo a Prefeitura, neste ano, o público foi maior do que no ano anterior: ao todo, 60 mil pessoas participaram das diversas opções oferecidas.
A temperatura foi amena durante os dias do evento. Mas, no que diz respeito às relações políticas na cidade, o clima esquentou. No último fim de semana, as opiniões estavam divididas em grupo de discussão sobre Ribeirão Pires, na rede social Facebook.
De um lado, alguns participantes sugeriram que o dinheiro gasto com os cachês dos artistas fosse empregado em outras áreas – a Saúde foi o exemplo mais citado.
Por outro lado, a maioria dos internautas reclamou da organização do evento: como o acesso ao local não foi permitido para veículos, assim, a população teve de subir a pé até a Igreja de Nossa Senhora do Pilar. Houve rumores de pessoas que foram autorizadas a subirem com seus carros…
Ontem (7), na Câmara dos Vereadores, por cerca de meia hora, foram discutidos os efeitos da Festa do Pilar. A organização também foi criticada pelo Legislativo. A informação oficial era a de que somente o Prefeito e o Presidente da Câmara poderiam subir nos respectivos veículos. Entretanto, moradores reclamaram que não foi o que aconteceu: algumas pessoas teriam sido autorizadas a subirem com seus carros.
Na sexta-feira (1), houve missa campal celebrada pelo Padre Juarez de Castro. Os integrantes do coral tiveram de subir a pé, carregando os instrumentos, relatou Edson Savietto (PDT), o Banha. Ainda, o vereador considerou um exagero os participantes da missa serem todos revistados, uma vez que a celebração aconteceu antes das 18h.
Para Renato Foresto (PT), bem como outros vereadores, faltou flexibilidade nos critérios: idosos, deficientes físicos, artistas com instrumentos deveriam ter o acesso por meio de transporte que a organização disponibilizasse.
Rubão (PMDB) ressaltou que, embora, a festa tenha ocorrido bem, falta remédio e médico para a população, por exemplo. Dessa forma, o vereador disse que há de pensar muito antes de aprovar a Festa do Chocolate, a ser realizada no segundo semestre. E questionou se o índice de diabetes na cidade não teria relação com essa festividade. A vereadora Cleonice (PTN) propôs a formação de um grupo para tratar com o Prefeito Saulo Benevides (PMDB) de critérios para a comissão de festejo.
O Presidente da Câmara, José Nelson (PSD), encaminhou pedido para que dois representantes da Câmara dos Vereadores integrem a comissão que organiza festividades da cidade.