Artur Gomes da Silva Neto segue preso e é acusado de ser o “cérebro” de fraudes fiscais; sua mãe, também moradora de Ribeirão Pires, prestará depoimento na próxima semana.

Artur Gomes da Silva Neto é apontado como líder de esquema de corrupção, segundo promotores. FOTO: Reprodução
O auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, morador do Condomínio Panorama em Ribeirão Pires, continua preso após a deflagração da Operação Ícaro, que investiga um esquema bilionário de corrupção envolvendo concessão irregular de créditos de ICMS e pagamento de propinas. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Artur é apontado como o “cérebro” da fraude, responsável por articular a concessão de benefícios fiscais indevidos a grandes empresas, como a Ultrafarma e a Fast Shop, em troca de pagamentos disfarçados de consultoria.
Mesmo após a libertação dos empresários Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, e Mário Otávio Gomes, diretor do grupo Fast Shop — ambos mediante fiança de R$ 25 milhões e prisão domiciliar — Artur seguirá detido por pelo menos cinco dias, sob custódia.
O MP afirma que a empresa Smart Tax, usada para movimentar os valores ilícitos, tinha sede em Ribeirão Pires, mas funcionava apenas como fachada, sem estrutura para prestar serviços de assessoria tributária. A investigação foi iniciada após os promotores constatarem uma evolução patrimonial “absolutamente incompatível” com a atividade declarada.

Casa no Panorama onde a empresa smart Tax funcionava de fachada. Foto: Denis Maciel/DGABC
A mãe de Artur, Kimio Mizukami, também moradora de Ribeirão Pires, será ouvida pelo MP-SP na próxima quarta-feira (20), às 14h. Ela é apontada como sócia formal da Smart Tax, utilizada, segundo a apuração, para lavar o dinheiro do esquema.
O Ministério Público segue investigando a participação de outros envolvidos e a extensão dos prejuízos aos cofres públicos.


