Vítima recebeu mensagem sobre supostos pontos de cartão e, após ligações suspeitas, descobriu empréstimo e transferências não autorizadas.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Ribeirão Pires. Foto: DiárioRP
Uma moradora de 42 anos do bairro Jardim Sol Nascente, em Ribeirão Pires, registrou ocorrência policial após ser vítima de um golpe que resultou em um prejuízo de mais de R$ 160 mil em movimentações não autorizadas.
Segundo relato da vítima no boletim de ocorrência, na última quarta-feira (6), por volta das 17h18, ela recebeu uma mensagem informando sobre 89 mil pontos acumulados no cartão de crédito e a necessidade de utilizá-los. Ao clicar no link, nada ocorreu. Desconfiada, entrou em contato com sua gerente bancária, que confirmou se tratar de fraude.
Minutos depois, a moradora passou a receber ligações de um número desconhecido. O interlocutor se apresentou como integrante do setor de monitoramento do banco e afirmou que haviam identificado transações suspeitas. Durante a conversa, foram citados valores reais do saldo da conta, o que aumentou a credibilidade da ligação.
O suposto funcionário perguntou se a cliente reconhecia algumas compras e doações de baixo valor, que de fato haviam sido feitas, e em seguida questionou sobre um empréstimo de R$ 167 mil. A vítima negou, mas foi informada de que a gerência entraria em contato. Logo depois, outra pessoa ligou, se passando por gestor da unidade bancária, e disse que seriam contestados dois PIX de alto valor e um pagamento de boleto.
A vítima foi orientada a anotar os valores e acessar seu aplicativo para confirmar estornos. No entanto, ao entrar, percebeu movimentações não autorizadas, incluindo transferências via PIX de R$ 59,8 mil e R$ 58 mil, além da tentativa de pagamento de um boleto de quase R$ 60 mil. Parte do valor do empréstimo permaneceu bloqueada em aplicação no próprio banco.
Relatórios posteriores apontaram que a conta da cliente foi acessada 92 vezes entre 18h e 19h do mesmo dia, sem sua participação, e que houve novas tentativas de acesso após o bloqueio do aplicativo.
O caso foi registrado na Delegacia de Ribeirão Pires e está sob investigação da Polícia Civil
