Criminoso se passou por gerente do banco e induziu vítima a realizar transferências via token

Golpe foi aplicado por telefone. Foto: DiárioRP
No dia 24 de julho, por volta das 11h, um morador do bairro Pouso Alegre, em Ribeirão Pires, de 69 anos, foi vítima de um golpe bancário que resultou em um prejuízo superior a R$ 140 mil.
De acordo com boletim de ocorrência, a vítima recebeu uma ligação telefônica originada do número (11) 95033-9261. Do outro lado da linha, um homem que se identificou como “Bruno” afirmou ser o novo gerente da conta bancária do idoso e solicitou que ele acessasse sua conta por meio do computador para uma suposta atualização cadastral.
Durante a ligação, o golpista orientou a vítima a inserir códigos de autenticação (token) gerados no celular em campos específicos do site do banco. A vítima seguiu as instruções e realizou diversas autenticações.
Desconfiado da situação após algum tempo, o homem encerrou a ligação e se dirigiu pessoalmente à agência bancária, localizada na Rua do Comércio, no Centro. No local, foi informado de que não havia nenhum funcionário chamado Bruno e que nenhuma atualização cadastral estava em andamento.
Ao solicitar auxílio para acessar sua conta, o atendente verificou o extrato bancário e constatou a realização de duas transferências via TED:
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R$ 94.000,00 para a empresa “MS Assessoria C.”
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R$ 49.999,50, valor referente a um empréstimo pessoal de R$ 50.000,00, enviado para a empresa “Skinao Vip Ltda.”
Ainda segundo a vítima, houve tentativa de contratação de um terceiro empréstimo, que foi recusado pelo sistema do banco.
Ao questionar a possibilidade de bloqueio ou reversão das transações, o idoso foi informado de que isso só seria possível se os valores ainda estivessem no mesmo banco, o que não era o caso.
Diante dos fatos, a vítima procurou a delegacia de Ribeirão Pires e solicitou o registro do boletim de ocorrência, que agora segue para investigação.
Alerta das autoridades
A Polícia Civil alerta a população sobre a atuação de golpistas que se passam por funcionários de bancos para aplicar fraudes. Os criminosos costumam usar ligações telefônicas, e-mails ou mensagens de texto com informações falsas para induzir vítimas a fornecerem dados sensíveis ou realizarem transações bancárias. As autoridades reforçam que bancos não solicitam atualizações cadastrais por telefone e que nenhum código de autenticação (token) deve ser compartilhado com terceiros. Em caso de contato suspeito, a recomendação é encerrar imediatamente a ligação e procurar a agência bancária ou a delegacia mais próxima.


