Pais e alunos reclamam da demora nos reparos após furto de cabos; Centro Paula Souza anuncia investimentos emergenciais, mas sem prazo definido para retorno ao presencial.
Alunos acompanham aula online na ETEC de Rio Grande da Serra. Foto: Divulgação/CPS
Há um mês, um furto de fios elétricos na ETEC de Rio Grande da Serra forçou a suspensão das aulas presenciais e a migração total para o formato remoto. Desde então, pais e estudantes relatam lacunas no ensino online e temem que o atraso prejudique especialmente quem está no último ano e se prepara para o TCC.
Segundo nota do Centro Paula Souza (CPS), a reposição dos cabos está em andamento, mas não há data prevista para conclusão dos reparos. “As aulas são oferecidas em formato remoto nesta unidade. Os alunos que apresentarem dificuldade de acesso às atividades online terão suporte no retorno ao presencial, sem prejuízo pedagógico”, afirma a autarquia, responsável pelas ETECs e Fatecs no Estado.
Para Regiane Rosa, mãe de aluna do último ano, “mesmo quem tem boa conexão sente que algo fica faltando. O ensino online não substitui a interação em sala, e minha filha está ansiosa com o TCC: deveria estar fazendo pré‑apresentações com os professores, o que não está acontecendo.” Ela também questiona a morosidade nos consertos: “O diretor prometeu início das obras em 6 de junho, depois adiou para o dia 9 e agora, em 18/06, nada começou. Será que ficaremos dois meses sem energia, como em Ribeirão Pires? É tudo muito burocrático.”
Na segunda‑feira (16/06), o CPS anunciou investimento de R$ 1,2 bilhão em reformas nas ETECs e Fatecs, sendo R$ 52 milhões destinados exclusivamente a obras emergenciais. Porém, a autarquia ainda não informou quais unidades serão contempladas nem o cronograma de intervenções.
