Vítima apresenta hematomas no corpo; pai nega agressões e ameaça de morte o diretor da escola que denunciou o crime; segurança foi reforçada.
A menina tem 7 anos é estudante da Escola Sebastião Vayego. Foto: Reprodução
Conforme informações da SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo), o Conselho Tutelar foi acionado no dia 02.04, por volta das 10h30, pelo diretor da Escola E.M. Prof. Sebastião Vayego de Carvalho, para investigar possíveis maus-tratos a uma menina de 7 anos. De acordo com informações da escola, a criança teria sido agredida pelo pai no dia anterior, quando ele teria dado um tapa na boca da menor, ação presenciada por funcionários e outros pais. Além disso, hematomas no braço da criança chamaram a atenção da equipe escolar.
Ao chegarem à escola, as conselheiras tutelarem e a equipe da instituição constataram os hematomas na criança. No entanto, ao se dirigirem ao endereço residencial fornecido pela diretoria, não conseguiram localizar o investigado. Posteriormente, o investigado foi encontrado na rua e negou qualquer agressão à filha, alegando que a menina havia caído de um balanço na casa de sua tia.
A menina foi encaminhada à UPA Santa Luzia, onde foram constatados vários hematomas pelo corpo, incluindo marcas que indicavam possível agressão com fio. O caso foi registrado na delegacia de Ribeirão Pires para investigação. Durante o depoimento, o investigado informou que detinha a guarda definitiva da menor desde o nascimento e novamente negou as agressões. De acordo com a SSP, detalhes do caso foram preservados por se tratar de criança.
Segundo informações apuradas pelo DiárioRP, o pai teria ameaçado o diretor da escola, dizendo: “Sei onde encontrar o diretor, eu vou matar ele”. A Polícia Municipal foi acionada para garantir a segurança dos funcionários da escola.
O Conselho Tutelar informou que o caso segue em sigilo para proteger a identidade e o bem-estar da criança. A instituição tomou todas as medidas cabíveis para assegurar a segurança e integridade física da menina. A autoridade policial determinou o acompanhamento contínuo pelo Conselho Tutelar, com a realização de uma escuta especializada e o encaminhamento da vítima ao IML de Santo André para exame de corpo de delito. Além disso, uma medida protetiva foi solicitada para garantir a segurança da menor durante o andamento da investigação. O diretor da escola registrou um Boletim de Ocorrência (BO) sobre a ameaça recebida e, conforme apurado, será representado contra o agressor.