Pais e responsáveis enfrentam dificuldades após alteração nos pontos de embarque; alunos caminham mais de 2 km até novo local.
Nos dias 3 e 4 de fevereiro, diversas mães ficaram cerca de 40 minutos aguardando o Transporte Escolar Gratuito (TEG) para buscar seus filhos, que têm direito ao serviço. No entanto, o transporte não compareceu, e os responsáveis precisaram ir até a escola em busca de informações.
Ao chegarem, foram informados de que os pontos de embarque haviam sido alterados, e muitas mães terão que andar mais de 1 km até o novo local determinado pela administração municipal. A situação gerou revolta entre os pais, que esperavam uma solução. Diante da confusão, a Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada para controlar os ânimos.
Outro problema denunciado é que diversos alunos precisarão percorrer distâncias superiores aos 2 km estipulados pela prefeitura para ter acesso ao transporte, com a mudança do ponto de embarque dos alunos.
Prefeitura justifica mudanças
Em nota, a Prefeitura de Ribeirão Pires afirmou que o Decreto nº 7.527, de 20 de dezembro de 2024, não alterou as regras do Transporte Escolar Gratuito, mas apenas regulamentou e padronizou o processo de solicitação do benefício. Segundo o governo municipal, 800 crianças serão atendidas pelo serviço este ano.
“A solicitação do TEG deve ser realizada pelos responsáveis do aluno diretamente na unidade escolar municipal onde ele estiver matriculado. O transporte será disponibilizado considerando exclusivamente o endereço de residência cadastrado pela escola, não sendo permitido embarque e desembarque em locais diferentes”, informou a administração.
A prefeitura também destacou que pode realizar visitas para confirmar as informações fornecidas pelos responsáveis e que as novas diretrizes visam garantir transparência, organização e equidade no serviço.
Em entrevista a um jornal da região, o prefeito Guto Volpi afirmou que algumas mães falsificam documentos para estudar em Ribeirão Pires e que há casos de moradores de Suzano utilizando o transporte e estudando na Estância. Ele destacou que assistentes sociais realizarão visitas para checar a veracidade das informações.
No entanto, a realidade observada pelo DiárioRP mostra que as famílias prejudicadas pelo decreto são, de fato, moradoras de Ribeirão Pires. Diversas mães estão faltando ao trabalho para levar os filhos à escola, pais não têm dinheiro para pagar o transporte público, já que ainda não receberam o vale-transporte escolar. Algumas crianças sequer estão conseguindo frequentar as aulas.
Todos os pais acompanhados pela reportagem são moradores de Ribeirão Pires.
“No começo dói, depois acostuma”, declarou o prefeito sobre as mudanças. Pelo visto, o sofrimento dos munícipes virou rotina para para Guto Volpi