Projeto da Audi sinaliza curva histórica do “S do Senna” em Ribeirão Pires

A Audi, em parceria com a Senna Brands, lançou um projeto para mapear estradas brasileiras que apresentam similaridades com a curva “S do Senna” da pista de Interlagos, em São Paulo. A Estrada Vereadora Mercedes D’Orto, no Jardim Aprazível, Ouro Fino, Ribeirão Pires, foi uma das escolhidas para receber a terceira sinalização especial.

O objetivo do projeto é que os motoristas que percorrerem essas curvas possam experimentar a sensação de dirigir por uma das mais icônicas curvas do automobilismo brasileiro. A Audi divulgou o projeto em um documentário, em parceria com a Warner Bros Discovery.

Para o head de marketing e comunicação da Audi Brasil, Gerold Pillekamp, a ação busca engajamento social, trazendo à tona a admiração de Ayrton Senna pelo ato de correr, além de proporcionar ao público a oportunidade de vivenciar uma experiência automobilística única. “O ‘S’ de Interlagos está trancado em um circuito muito limitado a algumas pessoas”, afirmou Pillekamp, destacando a intenção de democratizar o acesso ao simbolismo da curva.

A criação do “S do Senna”

A história por trás da idealização da curva que compõe a pista de Interlagos não é tão conhecida, embora bastante simbólica. O desenho de “S” no meio da pista, foi uma sugestão do próprio Ayrton Senna, com o intuito de ajudar na construção. A forma proposta era capaz de ligar a Curva 1 com a chamada “Curva do Sol” e o piloto acreditava que assim seria possível percorrê-la em alta velocidade.

Entretanto, apesar da participação direta na proposta e até na construção do trecho, o nome “S do Senna“, não teria agradado o piloto. “Seria muito mais justo batizá-lo de ‘S’ ou Curva do Chico Landi, que abriu as fronteiras do automobilismo mundial para o Brasil e sempre teve muito amor por Interlagos, fazendo o possível para trazer a Fórmula 1 de volta para cá quando foi o administrador do autódromo”. O protesto do piloto está no livro “Ayrton, o herói revelado”, de Ernesto Rodrigues. Chico Landi faleceu em 1989, mesmo ano em que Senna sugeriu a construção da curva.