A moradora de Rio Grande da Serra, Verônica Silva Santos, de 32 anos, relatou momentos de transtorno durante seu trabalho de parto, que aconteceu em maio. A criança acabou nascendo em uma estrada de terra, dentro de um carro de aplicativo, devido a má condição da estrada e a falta de atendimento do SAMU na região.
De acordo com Verônica, os médicos da UBS da Vila Niwa, onde fez o acompanhamento pré-natal, garantiram que seu bebê iria nascer no dia 28 de maio. Contudo, ela entrou em trabalho de parto 10 dias antes da data prevista.
Ela e seu esposo relataram que chegaram a ligar para o SAMU, que nem chegou a ajudar na ocorrência informando que não iria ao local devido ao risco de atolar a viatura na lama. Vanessa relata que pediu ajuda para uma vizinha, que é motorista de aplicativo para levá-la até o Hospital, mas o bebê acabou nascendo minutos depois.
“O médico da UPA disse que não sabia como fazer para tratar uma mulher grávida. Então, ele puxou a minha placenta e senti muita dor. Isso até chegar uma boa alma, uma médica residente, que fez uma massagem na minha barriga e ajudou a eliminar” relatou Vanessa. Logo após, ela foi para o Hospital Nardini, em Mauá, onde permaneceu internada por cinco dias.
Mais um perrengue
Verônica relatou que, além do episódio durante seu parto, ela também enfrentou dificuldades ao tentar dar as primeiras vacinas do seu bebê na UBS da Vila Niwa. O local está sem geladeira e por isso não tem como armazenar as vacinas.
A munícipe relata que foi encaminhada para um segundo posto, localizado no bairro Santa Tereza.
O vereador Akira do Povo entrou nesta semana com requerimento solicitando informações para Prefeitura, sobre a UTI móvel da cidade. Segundo ele, o veículo estava apreendido por falta de documentação.
A Prefeitura não se manifestou até o momento sobre o ocorrido.
