Câmara de RGS rejeita cassação de Penha Fumagalli

A Câmara de Rio Grande da Serra rejeitou nesta quarta-feira (07), o pedido de impeachment da prefeita Penha Fumagalli (PSD), protocolado pelo vereador Marcelo Akira (Podemos). A proposta recebeu dez votos contrários e apenas dois favoráveis.

Os vereadores Roberto Contador (Avante) e Elias Policial (Podemos) foram favoráveis a proposta. A pauta foi o primeiro item da ordem do dia e Akira não pôde votar devido ao regimento interno, o que causou um bate-boca entre ele, Elias Policial e o presidente da Câmara, Claudinho Monteiro (Agir).

Claudinho foi avisado pelos demais componentes da mesa diretora de que o regimento interno não permite declaração de voto em casos de impeachment. Os parlamentares alegaram que, para os demais vereadores, não existia impedimento, mas o presidente seguiu o regimento.

Logo após, Akira deixou o plenário e foi em direção às pessoas que protestavam contra o governo Penha, incentivando o grito de “fora, Penha”. A sessão precisou ser suspensa por dez minutos devido a confusão.

Pedido

No documento, Akira alegava “descaso da gestão” e “infração político-administrativa” prevista no artigo 4º do Decreto-Lei Federal n°201/1967. Ele acredita que houve omissão dolosa por parte da prefeita na fiscalização do Cemitério Municipal São Sebastião. Na ocasião, munícipes precisaram cavar a cova para sepultar um familiar.

Contudo, no entendimento dos demais parlamentares, não houve ato doloso por parte do governo Penha. Para o líder de governo, Marcelo Cabeleireiro (PSD), Akira teria agido de má-fé e criado toda a situação, usando a família de forma desrespeitosa.

“Nós temos na Câmara um vereador oportunista, que aposta na estratégia do ‘quanto pior melhor’ e que não agrega nada para a nossa cidade. Apesar desse oportunismo, a Justiça foi feita na Câmara e os vereadores mostraram a importância de dar continuidade ao trabalho que estamos fazendo aqui em Rio Grande da Serra”, declarou Penha ao DGABC.