Mulheres que venceram a luta contra o câncer de mama contam suas experiências

Neste mês do Outubro Rosa, o DiárioRP entrevistou duas mulheres que venceram a luta contra o câncer de mama e contaram um pouco sobre como foi a descoberta, o tratamento, rede de apoio, as percepções que tiveram e as mudanças que a doença causou na vida de ambas.

Também conhecido como neoplasia, o câncer de mama é o segundo tumor mais comum entre as mulheres – atrás apenas do câncer de pele – e o primeiro em letalidade, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Apesar dos dados, os casos são relativamente raros antes dos 35 anos e nem todos aparecem de forma maligna – a maioria é benigna. Quando diagnosticado em sua fase inicial, as chances de cura chegam a 95%.

As entrevistadas, Evete Sawada, de 67 anos, e Nadia Carpinelli, de 65, contaram sobre suas experiências desde a descoberta e como cada uma lidou com a doença.

Evete relatou que descobriu o câncer há cinco anos, durante um exame de rotina. Ela estava há um ano e meio sem realizar os exames devido a problemas pessoais. Durante a consulta, detectaram que ela tinha um nódulo e ela foi encaminhada para o mastologista. “Naquele momento ele confirmou que era um nódulo e eu ia precisar fazer outros exames. Na hora, não tinha caído minha ficha de que era câncer” disse.

Seu nódulo era muito pequeno e estava no início, o que facilitou o tratamento. Ela realizou radioterapia e a cirurgia para retirada, além de continuar o tratamento nos últimos cinco anos. “Durante todo o tratamento eu mantive a positividade e procurei iniciar atividades diferentes, como yoga, para ajudar nesse processo.”

Já Nadia descobriu após dois anos sem realizar o preventivo, também por questões pessoais. No entanto, quando ela recebeu o diagnóstico seu nódulo media cerca de 5 cm. “A única coisa que pensei foi “vou fazer tudo o que eu puder para completar o tratamento e me curar”. Também mantive o pensamento positivo” relatou.

Ela precisou realizar quimioterapia, radioterapia e uma mastectomia para retirada da mama direita. “É um tratamento muito chato e cansativo, não vou mentir, mas foi necessário diante do meu caso” completou.

No momento, Evete recebeu alta dos medicamentos que dão continuação ao tratamento e duram cerca de cinco anos. Já Nadia ainda toma os remédios e relatou que agora, o protocolo pode aumentar para sete ou 10 anos, o que pode mudar também o tempo de uso do medicamento.

Vale lembrar que, dependendo do tumor, ele não é detectável com exames de toque realizados em casa. Em alguns casos, é necessário exame de imagem, como a mamografia, para ter o diagnóstico. Contudo, a realização do exame de toque e o preventivo são altamente recomendados e, em caso de suspeitas, procurar um médico especializado.