Kiko e Gabriel racham e desentendimentos terminam em agressão

A última segunda-feira não foi um bom dia para Kiko Teixeira (PSDB) e seus apoiadores. Na manhã de ontem, a Justiça Eleitoral rejeitou a candidatura de Teixeira por ele estar inelegível após ter sofrido condenação em 2018 por fraudar uma licitação enquanto era prefeito de Rio Grande da Serra.

Nos bastidores, o racha e o desespero foi completo. Gabriel Roncon e seu pai, tentaram pressionar para que Kiko abrisse mão da candidatura, dando espaço a Gabriel para disputar o pleito no lugar de Teixeira. Kiko, no entanto, bateu o pé e afirmou que conseguirá reverter sua situação no STF. Kiko chegou a ser pressionado pela própria esposa, Flávia Dotto, para abrir mão, mas ele também não a ouviu.

Roncon até pensou em renunciar a cadeira de vice alegando que havia sido enganado por Teixeira e que não sabia da situação eleitoral dele. No entanto, ele não foi com o plano adiante. Foram diversas reuniões pelo dia. A última durante a noite, onde Gabriel tentou pela última vez convencer o colega a desistir, mas de nada adiantou. Ontem foi o último dia para substituição por desistências, portanto não é mais possível indicar um novo nome para a chapa. A decisão de Kiko “em não largar o osso” fez com que os grupos de apoiadores de Kiko e Gabriel rachassem. Os que apoiam Teixeira foram para um lado e os de Roncon para outro.

Hoje, os ânimos exaltados não acabaram, e houve diversas discussões entre os líderes partidários. Cezar de Carvalho, vice-presidente do PSDB chegou brigar com João Mancuso, ex-secretário de Kiko e atual assessor do vereador Mario Covas Neto, vereador de São Paulo. Mancuso é presidente municipal do Podemos, e durante a discussão, empurrou Carvalho, que lhe desferiu dois socos no rosto.

Durante o dia de ontem e hoje, alguns comissionados, já começaram a guardar objetos pessoais, com a certeza de que deverão deixar os cargos até o final de dezembro.