O prefeito de Ribeirão Pires, Kiko Teixeira (PSDB) e seu vice, Gabriel Eid Roncon (PTB) quase romperam relações por conta da insegurança jurídica em que Kiko vive.
Kiko está inelegível por conta de um processo em que já foi condenado em segunda estância por um suposto fraude em licitação da saúde quando ainda era prefeito de Rio Grande da Serra. O nome de Kiko já consta na lista de inelegíveis do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e se a situação não mudar, ele não poderá concorrer a reeleição este ano. Kiko e Roncon tinham um acordo de que Gabriel seria o cabeça da chapa caso Kiko tivesse algum problema.
O que incomodou Roncon é a inércia de Kiko em não comentar sobre o assunto com aliados próximos e por muitas vezes fingir que o problema não existia. Quem conhece Kiko de perto sabe que ele, ao contrário de Roncon, é extremamente fechado e não costuma conversar sobre seus problemas. Mesmo assim, Kiko fez viagens a Brasília para participar de reuniões sobre sua situação jurídica. Gabriel tinha medo de ser pego de surpresa e até citou para pessoas próximas o exemplo de Lula e Haddad na última eleição, na qual Haddad assumiu o posto de candidato muito em cima da hora e não teve tempo hábil para realizar campanha.
Segundo informações, Gabriel ainda havia dito que se Kiko não falasse de sua situação jurídica até meados de abril ele preferia “mijar para trás” e se candidatar a vereador do que “não ter nada”. No entanto, Kiko já teria tranquilizado seu aliado sobre sua estratégia e dito que “tem muita gente em Brasília que lhe deve favores”.
Gabriel, no entanto, não está no radar de Kiko para disputar as eleições. O grupo político do atual prefeito não acredita que Roncon cresça nas pesquisas de intenção de voto. Como plano B, Kiko pode usar sua esposa, Flávia Dotto, ou até mesmo o ex-prefeito da cidade, Luis Carlos Grecco, que estaria em vias de se filiar ao PSDB. Até porque, João Dória, aliado de Kiko, não aceitaria um candidato de outro partido.
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