Após assassinato, asilo passa por dificuldades

Em julho de 2016 Ribeirão Pires foi marcada por um assassinato que envolvia traição, dinheiro e uma possível herança a respeito de um asilo. Lucileide de Paula foi assassinada pelo esposo Clayton de Paula e outros três comparsas.

Oito meses depois, a ‘Casa de Repouso Alegria de Viver’ ao qual Lucileide era responsável encontra-se, segundo denúncias feitas ao DiárioRP, passando por dificuldades. As denúncias apontam que no local faltam medicamentos, cobertores limpos, materiais de limpeza entre outros itens de necessidade básica. As denúncias ainda diziam que no local, “os idosos estão com sarna, alguns com roupas velhas e sujas, lençóis sujos”, entre outras coisas.

O DiárioRP foi até o local e conversou com a atual administradora da entidade. Ela falou com nossa equipe, e por seu cargo não ser oficial na Casa de Repouso, preferiu se manter no anonimato. Segundo ela, os problemas não são esses.

“Existem sim alguns casos de escabiose aqui, mas que já estão sendo tratados. O problema real, é um suposto desvio de quase 21 mil reais que teria sido feito pela antiga Presidente”.

 – Diz.

Ela se refere a Lucimara Silva Magalhães, irmã da vítima Lucileide de Paula. De acordo com as informações, por divergências na metodologia de trabalho o tesoureiro e um psicólogo teriam se desligado da entidade, fazendo com que a conta bancária fosse fechada. Nisso, Lucimara teria ligado e pedido para que os parentes dos internos entregassem o dinheiro em mãos, dando a ela poder sobre os valores.

Os contratos feitos, segundo a atual responsável, têm uma cláusula onde um 13º pagamento deve ser realizado; e teria sido justamente nesse item que o suposto desvio pode ter acontecido. Lucimara teria declarado apenas nove de 19 pagamentos. No total, um valor próximo de 15 mil reais teria sido ocultado das contas da Casa de Repouso. Outro ponto que chama atenção foi um empréstimo no valor de oito mil reais, feito por ela em nome de um dos idosos. Lucimara teria sido questionada pelos outros membros a respeito deste valor e em que teria sido aplicado.

“Nós não recebemos nenhum documento explicando onde ela aplicou esses valores”.

 – Enfatizou a responsável.

Isso foi descoberto porque o contador da entidade juntamente com alguns membros da administração resolveram ligar para todos os familiares dos idosos atendidos pela casa.

“Foi assim que descobrimos que as pessoas haviam feito o pagamento. Mas ela diz que não tirou dinheiro daqui, e que vai nos entregar o extrato da conta, mas nunca faz isso”,

 – Comentou a atual administradora, que foi até o promotor Abner Castorino perguntar o que poderia ser feito.

“Ele nos disse para registrar um boletim de ocorrência para nos resguardar”.

 – Disse a moça que assumiu interinamente em 30 de janeiro deste ano.

Com todas essas acusações, o DiárioRP tentou contato com Lucimara, que não atendeu as ligações.

Também entramos em contato com a Prefeitura para saber se os setores competentes estariam se mobilizando para tentar atender o local, No entanto, o órgão se limitou a responder que aguarda o prazo para as adequações apontadas em relação a estrutura, equipe, higiene.