Prefeitura dá calote em diversos fornecedores

(Foto: Ygor Andrade/DiárioRP)
(Foto: Ygor Andrade/DiárioRP)

Os últimos meses de mandato do Prefeito Saulo Benevides estão bem complicados, principalmente para os cidadãos que, após as eleições, estão enfrentando mais dificuldades para utilizarem serviços públicos.

A gestão foi marcada por falhas em serviços essenciais à população, como a Saúde, o maior motivo de reclamação dos cidadãos. Falta de medicamentos, de médicos e problemas estruturais, atormentaram a vida de quem precisava das unidades hospitalares públicas. A crise na Saúde chegou até aos funcionários da Santa Casa de RP, empresa responsável pela gestão da UPA e de outros hospitais públicos; com salários atrasados, eles cruzaram os braços.
Segundo pais de alunos, itens básicos de higiene e merenda também faltaram pra os estudantes. Sacos de lixo, papel higiênico e até mesmo fraldas estariam em falta. Ainda de acordo com denunciantes, os diretores teriam realizado bazares e rifas para conseguir arcar com questões básicas nas escolas.

A iluminação pública é outro ponto que deixou a desejar. Em menos de um ano, a cidade sofreu dois apagões por conta da falta de pagamento à Consladel, responsável pela Ribeirão Luz, que sem a verba da Prefeitura, não tinha como realizar a manutenção. Na semana passada, por conta de calote do Paço em uma dívida com a Eletropaulo, (que havia sido renegociada e mesmo assim, o Executivo não cumpriu com o acordado), na quinta-feira (24), resultou em cortes de energia em prédios públicos.

Um novo problema envolvendo a falta de pagamentos, atingiu a Cooperpires. Em contato com o Secretário Geral da Cooperativa, Douglas Moreira, ao DiárioRP foi informado que a Prefeitura não honra com os pagamentos há três meses.

“Eles nos contrataram em março, e pagavam religiosamente até agosto. Depois, praticamente nos abandonaram”,

– Comentou Douglas. Ainda segundo Douglas, após a falta de apoio do Paço, vários colaboradores desistiram do projeto por falta de verba para realizar os pagamentos.

“Um dos depósitos não foi realizado porque não fizemos o pagamento de uma taxa administrativa de R$ 90. Ou seja, eles nos devem três meses e não fizeram o pagamento por conta dessa taxa. Mas quando eu fiz o pagamento adiantado deste mês, eles disseram que não havia sistema para efetuar o depósito.”

– Argumentou ele, ainda dizendo que cooperativa corre o risco de fechar.

Em contato, a Prefeitura de Ribeirão Pires afirmou que existe apenas um mês em atraso com a Cooperativa. Ainda segundo o Paço, os débitos da Cooperativa foram quitados e resta aguardar para que o pagamento seja liberado.