Juíza autoriza reintegração de posse da Câmara Municipal

Durante todo o dia de ontem a tensão tomou conta dos ocupantes, membros da imprensa e cidadãos que acompanharam, durante três dias, a luta dos jovens que tomaram a Câmara Municipal de Ribeirão Pires, por conta da leitura da ordem judicial para reintegração de posse.

Os nervos estavam à flor da pele e os batuques da bateria de fanfarra organizada pela UJS era basicamente o único som mais alto do que os bochichos a respeito do que poderia acontecer e, foi exatamente às 16h59 da tarde de ontem (02), que a leitura do documento foi realizada e o prazo de 24h estabelecido para a saída dos manifestantes. Raissa Braga, representante a qual o oficio fora destinado assinou e concordou com os termos da reintegração.

A garota, acompanhada de um advogado foi em seguida ao Fórum para tentar conversar com a Juíza Maria Carolina Marques Caro Quintiliano, e analisar as possibilidades de uma mudança na decisão.

“Peço primeiramente que todos tenham calma, e que estejam dispostos a dialogar. Nós vamos tentar, nestas 24h que nos restam uma estratégia para reverter a decisão ou outra saída. Reitero o pedido de colaboração de todos os membros da UJS e demais movimentos presentes”.

– Disse Raissa .

Pouco mais de uma hora depois, Raissa voltou à Câmara e explicou que uma audiência de conciliação estava marcada para averiguar possíveis acordos entre a UJS e o presidente José Nelson de Barros, entretanto  funcionários do Tribunal de Justiça não conseguiram encontrar o presidente para a realização da audiência.

Para hoje (03), à partir das 14h, os ocupantes prometem um grande ato em frente à Câmara e disseram que iriam convidar todos os vereadores para participarem.

“Por mais que tenhamos recebido a liminar, a ocupação ainda não acabou. Vamos pressionar a Casa para que cumpra com suas obrigações e instale a CPI da Saúde. A população está convidada, por que, quanto mais ela participar, mais rápido as coisas se resolvem”.

– Finalizou Raissa.

A ocupação tem como principal objetivo forçar a instalação da CPI da Saúde, que deve investigar possíveis irregularidades na Saúde, como prováveis desvios de verbas, falta de medicação e materiais básicos para atendimento à população também estão em falta.