Religião e História: conheça as Igrejas de Ribeirão Pires

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Igreja do Pilar – Foto: Divulgação

A Igreja de Nossa Senhora do Pilar é a mais antiga construção de Ribeirão Pires, com mais de três séculos de existência. De acordo com relatos históricos, o templo religioso foi erguido em 25 de março de 1714. A construção foi para o pagamento de uma promessa feita pelo Capitão Mor Antônio Corrêa de Lemos que trouxe a imagem da Santa, da Espanha. A Igreja foi abençoada pelo Frei Pacífico e é toda feita com arquitetura de taipa, um símbolo arquitetônico do século XVIII.

O local é um marco importante para a história da cidade, pois foi nos arredores da capela que surgiram os primeiros núcleos de moradores do município. Em 1831, este povoado transformou-se no Bairro do Pilar, vinculado à Freguesia de São Bernardo.

A construção foi tombada em 1975 pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico). O prédio permanece praticamente intacto desde a construção. Nos fundos do local existia um cemitério, que foi destruído pela Prefeitura de Ribeirão Pires em 1965.

A tradicional Festa do Pilar deve chegar a 80ª edição em 2016. Porém, o evento só foi oficializado pelo Poder Público em maio de 1977. De acordo com antigos moradores da região, a Igreja foi escolhida como local para as festividades do Dia do Trabalho, comemorado em 1º de maio. Já a Cúria Metropolitana, José Obeda, munícipe de Santo André passou a realizar romarias em direção à capela devido a uma promessa feita. O evento conta com muitas opções gastronômicas e com artistas renomados.

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Igreja de Santo Antônio – Foto: Divulgação

Antigamente, o Morro de Santo Antônio ficava na região central da cidade, onde ficam atualmente as ruas Felipe Sabbag, Stella Bruna Nardelli, entre outras. No topo do local, existia uma capela que foi construída em homenagem ao Santo. Segundo relatos, a pequena igreja havia sido construída por um senhor que criava vacas na região. Como seus animais estavam morrendo por causa de uma peste, fez uma promessa. Ele pediu que suas vacas não morressem mais, e se a graça fosse alcançada, construiria a capela no alto do morro. A Igreja permaneceu no local até 1977, quando o então Prefeito Valdírio Prisco realizou o desmanche total do local.

Em junho, quando é comemorado o dia de Santo Antônio, várias quermesses eram realizadas no local, sempre aos sábados e domingos. As festas eram organizadas pelos “carregadores”, homens que carregavam os vagões da estrada de ferro com os produtos que eram feitos na cidade, como tijolos, pedra, lenha, carvão, paralelepípedos, entre outros. Mesmo com o espaço pequeno, as pessoas se apertavam para se divertir. As celebrações eram marcadas pela presença da banda “Lira”, de Ribeirão Pires. As procissões eram sempre realizadas aos domingos.

Após algumas divergências com o dono do morro, Rafael Oliveira, as festas foram proibidas no local. Então, os carregadores procuraram outro lugar para realizar as quermesses. Eles acharam outra sede e deram continuidade aos eventos no novo Morro de Santo Antônio, localizado na Avenida Humberto de Campos.

O Mirante faz parte do trajeto do teleférico e recebe as obras do projeto. Mesmo assim, do local é possível ver toda a cidade, e por isso, se tornou um dos principais pontos turísticos do município.