Por Rafael ventura
Um grupo de pessoas, formado por membros de diversas organizações sociais, protestou hoje à tarde contra o aumento das passagens do transporte público municipal. Com faixas e gritos ensaiados, os cerca de 60 manifestantes caminharam pelo centro da cidade, chamando a atenção de outros munícipes, que desconheciam a ocorrência do ato.
Inicialmente, os manifestantes encontraram-se no calçadão, que fica entre a rodoviária e o Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT), local por onde passam muitas pessoas. Munidos de uma caixa de som e microfone, explicavam suas reivindicações aos que passavam, além de convidá-los a aderir ao manifesto.
Após algum tempo, foi traçada a rota de caminhada. O grupo cruzou o centro da cidade, chamando a atenção por todo o trajeto. Era muito comum ver pessoas que desconheciam o acontecimento da manifestação (que foi marcada através das redes sociais) e que tinham interesse em se juntar, mas a indignação não era o bastante para caminhar em baixo do forte sol que ainda fazia as 17h.
Ao chegarem à Prefeitura, parada final do trajeto, os manifestantes encontraram os portões fechados. Do lado de fora, gritaram pelo Prefeito, que, através de seus funcionários, concordou em receber um grupo de dez pessoas amanhã pela manhã.
O protesto, que foi planejado pelo Comitê Unificado Contra o Aumento das Passagens no ABC, também contará com outras datas em todas as sete cidades do Grande ABC, incluindo Ribeirão Pires, que, no dia 4 de fevereiro, terá um novo protesto em frente à Câmara Municipal.
O manifesto também contou com representantes do Movimento Passe Livre (MPL), associação civil responsável pelos protestos em São Paulo, que garantiu que os atos não vão parar:
“Esse aumento vai na contra-mão da PEC 90, que foi aprovada no final de 2013, já que coloca o transporte como direito básico de qualquer brasileiro, assim como a moradia, saúde e educação. É uma contradição ter esse aumento. É necessário uma redução rumo à tarifa zero. Os atos vão continuar até baixar.”, disse Carlos Wellington, um dos representantes do MPL.
A caminhada foi acompanhada por muitos policiais militares e diversos integrantes da Guarda Civil Metropolitana, e não interferiram na atividade, que foi totalmente pacífica. O protesto encerrou-se às 19:20.
Para Glauber Cardoso Soares, outro representante da associação civil, o cidadão tem que participar dos atos, pois ele é o responsável por pressionar os políticos:
“É o povo que tem que sair na rua, ocupar os espaços públicos e exigir alguma mudança. Se não é o povo pra se reunir e pressionar, acredito que o governo não vai resolver os nossos problemas.”.
Veja Fotos e vídeos do protesto: