GCM flagrou indivíduos com fios, ferramentas e módulo de alarme; Delegado descarta flagrante por falta de dolo evidente.

A Guarda Civil Municipal de Ribeirão Pires deteve três homens na manhã de terça-feira (11/11), por volta das 11h50, após denúncia de possível furto em andamento em um galpão localizado na Rua Major Cardim, no bairro Vila Suíssa.
Ao chegarem ao endereço, os agentes visualizaram um dos suspeitos na parte superior da estrutura cortando fios de para-raios com o auxílio de ferramentas. Ao notar a presença da viatura, ele pulou o muro dos fundos e fugiu por uma rua lateral. A equipe iniciou buscas e, cerca de vinte minutos depois, encontrou esse indivíduo e outro suspeito na mesma via, a aproximadamente 300 metros do local.
Durante a abordagem, foram apreendidos um alicate de corte, uma mochila contendo um módulo de alarme de incêndio e uma sacola com fios e cabos de cobre. Um terceiro homem também apareceu no local da abordagem carregando mais fios.
Nenhum deles tentou fugir durante a ação, sendo todos detidos sem resistência.
Imóvel apresentava sinais de abandono
De acordo com responsáveis pelo espaço, o galpão integra uma área maior pertencente a uma empresa, atualmente desocupada e em processo de restituição. O local estava aberto e apresentava sinais de depredação, com portas arrancadas e fiações parcialmente retiradas.
Os três detidos negaram o furto e alegaram que apenas recolhiam materiais recicláveis de um imóvel aparentemente abandonado.
Decisão da Polícia Civil
Após ouvir os relatos e analisar a situação, o Delegado responsável decidiu não lavrar o auto de prisão em flagrante, entendendo que havia dúvida sobre a intenção de furto por parte dos suspeitos.
Segundo a autoridade policial, o estado do galpão — aberto, sem cadeado, sem vigilância e com sinais de depredação anterior — poderia levar os indivíduos a acreditarem que se tratava de materiais abandonados, caracterizando possível erro de interpretação (“erro de tipo”).
Uma perícia foi solicitada para determinar as reais condições do local e verificar se houve dano recente ou tentativa efetiva de subtração.
O caso segue em investigação e poderá, dependendo do laudo pericial e de novas evidências, ser enquadrado como furto tentado.


