Durante uso da tribuna livre, morador cobra providências da Câmara e da Secretaria de Educação sobre a ausência de apoio pedagógico a alunos com deficiência.
Itamar Augusto denunciou a falta de planejamento da Secretaria de Educação. Foto: Reprodução
Durante a sessão da Câmara Municipal desta quinta-feira (10), o pai de uma aluna da rede municipal de ensino fez uso da tribuna, Itamar Augusto Basso, usou a tribuna livre para denunciar a falta de professores auxiliares para alunos com deficiência (PCDs). Representando um grupo de pais, Itamar fez um apelo emocionado aos vereadores e à Secretaria de Educação, exigindo providências imediatas diante do que classificou como um “descaso” com os estudantes da educação especial.
Segundo o relato, a situação se agravou em 2025. “Ano passado ainda eram casos pontuais. Este ano é absurdo. Já estamos em abril e ainda não há professores auxiliares em muitas salas de aula”, afirmou. Sua filha, estuda no 6º ano A da E.M. Carlos Rohm, e, de acordo com ele, outras turmas também estão sem apoio. “Há alunos com autismo, inclusive com nível 2, que estão isolados, sem acompanhamento, sem estímulo, sem aprendizagem. Estão apenas sendo deixados dentro da sala”, disse.
“É vergonhoso saber que vocês, vereadores, que têm o dever de fiscalizar o Executivo, não se opuseram e não enxergaram o que estava acontecendo, tampouco tomaram uma atitude. Isso é algo que precisa ser resolvido com urgência.” Disse Itamar.
O pai afirmou que o problema afeta tanto o ensino fundamental quanto a educação infantil e criticou a falta de planejamento por parte da Secretaria de Educação e seu secretário Raphael Volpi. “É indigno. A resposta é sempre a mesma: ‘estamos resolvendo’. Até quando?”, questionou, apontando que a gestão atual não pode culpar administrações anteriores, já que a continuidade é da mesma família no comando do Executivo.
Itamar também mencionou gastos divulgados no Portal da Transparência. “Houve corte na educação, mas foram gastos mais de R$ 538 mil com máquina de café no gabinete do prefeito entre 2022 e 2023. Não há verba para contratar auxiliares, mas para isso há?”, indagou, vejo um enorme desrespeito com os alunos PCD. Ele pediu aos vereadores que se posicionem com urgência, tanto com base na lei, que esta sendo negligenciada, quanto no sentimento humano. “Coloquem-se no lugar dessas crianças, e no lugar dos pais que sofrem ao ver seus filhos excluídos”, finalizou.
Itamar, de 39 anos, é pai de Maria Flor Araky Basso, de 11 anos, que possui uma síndrome rara. Ela é a oitava menina no mundo diagnosticada com a condição e a primeira da história a ser alfabetizada.
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