No domingo (02/02) Lidiane Gonsalez Veloso Lemos, estava em sua casa com o marido e seu filho, quando o temporal que atingiu a região quase destruiu toda sua casa. A família perdeu praticamente todos os móveis, eletrodomésticos, roupas e tudo porque a rua Tropical, no bairro Santa Luzia, alagou de tal forma que derrubou o muro da propriedade e invadiu a residência que fica abaixo do nível da via. A moradora vive no local há quinze anos e nunca a chuva causou tamanho estrago, segundo ela a culpa é da prefeitura que não limpou os bueiros e, por isso, a rua teria alagado. A reportagem é do Repórter Diário.
Dos objetos da residência praticamente nada se salva, nem fogão, geladeira, máquina de lavar, camas, armários, tudo ficou em baixo de água, em alguns pontos da residência a inundação atingiu um metro e meio de profundidade. Nos fundos, a água derrubou um segundo muro, este que faz divisa com um terreno público por onde passam tubulações de água e esgoto, uma viela sanitária. A Defesa Civil interditou o imóvel e a prefeitura forneceu camas e colchões. Para Lidiane a prefeitura deve arcar com a recuperação do imóvel já que, segundo ela, foi causadora do problema por não ter feito a limpeza preventiva dos bueiros.
Enxurrada destruiu os móveis e em alguns lugares da casa a água chegou a um metro e meio de profundidade. Foto: Rede Social
“Cinco dias antes veio um vereador junto com um técnico da prefeitura olhar os bueiros que estavam todos entupidos. Prometeram que viriam em cinco dias para fazer a limpeza, demoraram e a chuva veio forte, a água ficou represada e passou por cima do meu muro até que ele caiu e aquela enxurrada foi toda para dentro da minha casa”, conta a moradora que está abrigada temporariamente na casa do pai juntamente com o marido e o filho.
“Eu quero que a prefeitura reconstrua o meu muro e também refaça o muro do fundo do terreno, tudo caiu pela falta de cuidado com a manutenção. Eu fui na prefeitura buscar informação, ver quem poderia me atender e foi um descaso só. Ficam empurrando de um para outro e ninguém quer me ouvir, eles acham que porque minha casa foi interditada que eu quero só comida e colchão, mas eu preciso da minha casa de volta”, reivindica. Ironicamente o carnê de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) foi entregue na casa esta semana, como não tinha mais caixa de correio porque o muro desabou, o carnê foi deixado preso ao que restou do portão da casa.
Após perder tudo que tinham em casa, moradores não foram recebidos na prefeitura, mas receberam o carnê de IPTU. Foto: Rede Social
A prefeitura de Ribeirão Pires, procurada para falar sobre o assunto, não se posicionou até o fechamento desta matéria. Caso a administração municipal se manifeste a matéria será atualizada.