Denúncias apontam meninos pretos e pardos como maioria entre as vítimas; mães lideram como suspeitas de agressões.
Dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania revelam um aumento de 23,73% nas denúncias de violações de direitos contra crianças e adolescentes em Ribeirão Pires entre 2023 e 2024, passando de 493 para 610 casos. Especialistas alertam que os números podem ser ainda maiores devido à subnotificação, resultado da falta de acompanhamento adequado às vítimas e da baixa responsabilização dos agressores.
As estatísticas mostram que meninos pretos e pardos são as principais vítimas de violações, enquanto meninas brancas lideram em outro segmento das denúncias. Sobre os agressores, as mães aparecem como maioria, seguidas de pais, padrastos, madrastas, avós, tios, outros familiares, padrinhos e até educadores.
A Prefeitura de Ribeirão Pires afirma adotar medidas de acolhimento e prevenção por meio de uma rede de proteção integrada. Casos registrados são encaminhados para o Conselho Tutelar, que articula o atendimento com serviços como UPA, CREAS, CAPS Infantil e o acolhimento institucional no Saica, quando necessário.
Entre as iniciativas de prevenção e conscientização, a cidade promove campanhas sazonais como o Maio Laranja, que aborda a violência sexual contra crianças e adolescentes, e o PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil). Essas ações incluem rodas de conversa, distribuição de cartilhas e materiais educativos em escolas, CRAS e outros equipamentos sociais.
Com esses esforços, Ribeirão Pires busca enfrentar o aumento nas violações de direitos, garantindo acolhimento às vítimas e a conscientização da sociedade.
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