Uma moradora de Ribeirão Pires entrou em contato com o DiárioRP para denunciar a falta de medicamentos no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade. Ela informou que há duas semanas tenta retirar a medicação sertralina, que faz uso contínuo, mas o remédio está em falta.
Além disso, a moradora relatou que foi até uma UBS para buscar outra medicação que também utiliza regularmente, mas o remédio não estava disponível. “Faz duas semanas que estou indo às unidades e não tem os medicamentos. Está muito difícil,” disse ela.
Uma rápida pesquisa nos grupos de moradores da cidade nas redes sociais mostra que a falta de medicamentos é uma reclamação constante. “Fui buscar remédio e não tinha nem AAS,” escreveu uma moradora. Outra informou que, diante da falta de opções, tem se deslocado até a Praça da Sé, em São Paulo, para conseguir o medicamento que precisa. “Está muito difícil, vou na Sé buscar os remédios,” desabafou.
Em um dos relatos, uma moradora informou que só conseguiu o medicamento necessário após acionar o Ministério Público. “Foi o Ministério Público que resolveu o meu caso, porque a Prefeitura é meramente ilustrativa,” disse ela, reclamando da ineficiência da gestão municipal em resolver a situação.
A sertralina, um dos medicamentos mencionados, é amplamente utilizada no tratamento de depressão, transtorno de ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e transtornos de pânico. O medicamento é um inibidor seletivo de recaptação de serotonina, atuando para melhorar o humor e os sintomas relacionados aos transtornos mentais.
Até o fechamento desta reportagem, a Prefeitura de Ribeirão Pires não se manifestou sobre a falta de medicamentos nas unidades de saúde da cidade.