Prefeitura corta árvores centenárias e gera preocupação ambiental

Nas últimas duas semanas, três árvores foram removidas da rua Cláudio Maurício Maciotta, no centro de Ribeirão Pires, o que tem gerado preocupação entre moradores pela ausência de replantio e impacto no equilíbrio ambiental da área.

Moradores da rua Cláudio Maurício Maciotta, no centro de Ribeirão Pires, estão preocupados com a remoção de três árvores realizada pela Prefeitura nas últimas semanas. A medida, tomada sem consulta prévia, tem sido alvo de críticas, principalmente pela ausência de replantio e pela possível degradação ambiental causada pela retirada do verde urbano, essencial para a qualidade de vida na cidade.

De acordo com um moradora, que preferiu não se identificar, a primeira árvore foi removida por conta de problemas estruturais na calçada, mas a Prefeitura informou que não haveria replantio. “A calçada foi arrumada, mas disseram que não vão plantar outra árvore no lugar. Isso nos preocupa, porque a rua está ficando cada vez mais cinza e sem sombra”, comentou.

Nesta sexta-feira (18), outras duas árvores centenárias foram cortadas, também sem aviso prévio à comunidade. Os residentes lamentam o impacto na qualidade de vida do bairro, prejudicando tanto as pessoas quanto os animais que viviam nas árvores.

Ao DiárioRP, a cientista natural e ambientalista Fabiana Tamarozzi disse, a Prefeitura de Ribeirão Pires deve intensificar as manutenções das árvores da cidade, realizando podas constantes, diagnósticos para identificar doenças e respeitando o canteiro de permeabilidade, por onde as plantas se hidratam e se alimentam. Fabiana também reforça que uma avaliação técnica adequada poderia evitar a necessidade de cortes, preservando o ecossistema local.

“As árvores prestam inúmeros serviços ambientais. Elas ajudam a reduzir a poluição, absorvem a radiação solar, o que diminui a temperatura ambiente, e são lares para diversos animais. Além disso, muitas abrigam microorganismos e fazem parte da história dos moradores da rua, sendo símbolos de resistência e de vida em meio ao concreto das cidades”, explica a ambientalista.

Questionamos a Prefeitura sobre os cortes das árvores, até o fechamento da reportagem não respondeu nossos questionamentos.