Mãe denuncia pela segunda vez caso de maus-tratos contra o filho em Escola Municipal

A munícipe Neiriane Torres, mãe de uma criança portadora do espectro autista e paralisia cerebral, procurou o DiárioRP para relatar sobre os maus-tratos que seu filho, de 11 anos, vem sofrendo na Escola Municipal Engenheiro Carlos Rhon, em Ribeirão Pires. Já é a segunda vez que Neiriane realiza denúncias contra a instituição de ensino, por falta de atendimento especial ao seu filho.

No último Boletim de Ocorrência registrado, ela relatou que no mês de abril não havia professor auxiliar para realizar o atendimento especial, e que seu filho ficou durante quatro dias sendo cuidado por outra criança. O menino acabou ficando durante o período sem realizar as atividades pedagógicas, sem banheiro e alimentação. A Secretaria da Educação assinou um documento comprovando que a criança permaneceu quatro dias sem receber o auxílio necessário.

Já na ocorrência mais recente, Neiriane informou que seu filho foi ofendido e tratado com rispidez pela professora, que também teria abusado dos meios de correção. Ela só soube do ocorrido após um colega de sala do filho contar para a mãe, que teria pedido para que ele gravasse a situação caso acontecesse novamente.

Neiriane já havia denunciado o caso durante a sessão da Câmara Municipal, e tentou pela segunda vez relatar o ocorrido durante tribuna livre, mas não haviam vagas. Ela também registrou o caso no Ministério Público, e a diretora responsável foi afastada por dois meses durante as investigações.

Questionamos a Prefeitura sobre o caso e quais as medidas tomadas, além do afastamento da diretora. Em nota, o Paço informou que está verificando o ocorrido. “A Prefeitura de Ribeirão Pires informa que acolheu os relatos da mãe do estudante assim que a equipe da Secretaria de Educação foi acionada. Foi aberto processo de disciplinar para averiguar o caso. Um profissional foi afastado das atividades em sala de aula durante o processo de apuração dos fatos.”

Também questionamos o Ministério Público, mas até o momento não obtivemos respostas.