Servidores da Prefeitura de Ribeirão Pires reclamam de diversos problemas enfrentados em relação ao convênio médico Pessoal Saúde. Dificuldade de atendimento na cidade, bem como atrasos para cirurgias e negativas de exames são as principais queixas.
Em uma das situações relatadas ao DiárioRP, no último mês uma servidora enfrentou sérios problemas de saúde após esperar por meses a autorização do convênio para realizar uma cirurgia do abdômen. A paciente precisou realizar uma cirurgia de urgência no Hospital Nardini, em Mauá, para retirar quase 5kg de um tumor.
O médico que atendeu a paciente confirmou que ela já havia passado com médicos do plano de saúde, que garantiram não se tratar de um caso de urgência. “A paciente apresentava dor abdominal acompanhado de náuseas e vômitos. Tinha plano de saúde, passou por vários hospitais e o diagnóstico inicial de tumor ovariano, mas ficavam empurrando pra frente até ficar de um tamanho insuportável. A resposta de quem atendeu foi que não era urgência e a mesma teria que ir para ambulatório para acompanhamento e avaliação de uma possível cirurgia, ao qual não foi feito. Ela foi com quadro de dispneia na UPA de Ribeirão pires que encaminhou para nosso hospital” disse o médico responsável pela cirurgia em uma publicação em suas redes sociais.
Uma outra servidora, que atua na área de educação, relatou que tem diabete e pressão alta e precisa fazer o acompanhamento, mas a quantidade de exames de sangue é controlada. “Caso eu faça um exame de sangue, tenho que esperar seis meses para poder fazer um novo. Já precisei pagar exame de sangue ou ir até a UPA, sendo que nosso plano é pago” relatou a funcionária, que tem 5% descontados do seu holerite para o pagamento do convênio. Em caso de dependentes, é descontado mais 3% por pessoa.
“Existe um grupo com mais de 300 servidores e as reclamações são diversas… Nesta segunda-feira tivemos uma reunião com o prefeito Guto Volpi para falar sobre o convênio, e ele falou para irmos até a UPA. É um descaso com os funcionários” reforçou. Ela também informou que uma professora precisou ficar internada na Maternidade São Lucas com quadro de pneumonia, pois o convênio não realizou sua transferência.
Questionamos o Sindicato dos Professores, que é administrado pela Perla de Freitas, sobre as reclamações dos funcionários acerca do plano de saúde, contudo, até o fechamendo desta matéria não obtivemos respostas, como em outros casos que já foram encaminhados. A prefeitura de Ribeirão Pires também não respondeu sobre os problemas enfrentados pelos servidores.
Os servidores afirmam que todas as reclamações são negadas pelos responsáveis.