Os estudantes e a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) promoverão nesta quinta-feira (11) um ato unificado contra a aprovação do programa de escolas cívico-militares do Governo do Estado de São Paulo. A ação conta com apoio de movimentos sociais, e está prevista para começar às 16h em frente à Estação Ribeirão Pires.
O movimento é contrário ao programa que prevê inclusão de policiais militares da reserva no ambiente escolar. Eles deverão atuar como monitores, desenvolver atividades extracurriculares e organizar a disciplina e a segurança nas unidades. O programa custará R$ 7,2 milhões e sairá do orçamento da Secretaria de Educação (Seduc-SP).
Segundo a UPES (União Paulista dos Estudantes Secundaristas) e a UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), organizadores do ato, o programa prevê o apagamento das escolas estaduais e a precarização da educação. A Apeoesp compartilha da mesma opinião.
A coordenadora do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, subsede em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Neusa Nakano, afirmou que o projeto tem a intenção de ludibriar a população com a falsa sensação de que a presença policial solucionará os problemas da indisciplina. Neusa ressaltou que a atuação dos militares deve sim ser reforçada, mas além dos muros.
Segundo uma lista divulgada pelo vereador de São Paulo, Toninho Vespoli (Psol), Ribeirão Pires conta com nove escolas estaduais elegíveis para o programa de escola cívico-militares. Contudo, a lista oficial ainda não foi divulgada pela Seduc.