Inquérito policial irá apurar descaso em cemitério de RGS

A Polícia Civil irá instaurar um inquérito para investigar suposto crime contra a administração pública em Rio Grande da Serra, após o episódio que ocorreu no Cemitério Municipal no último domingo (03), quando familiares precisaram abrir uma cova por conta própria para enterrar Paulo da Silva Júnior, de 26 anos, vítima de afogamento.

De acordo com o delegado titular da delegacia de polícia do município, Márcio Antônio Pereira Macedo, o processo irá apurar a responsabilidade no episódio. O crime prevê pena de um a cinco anos de prisão.

O delegado relatou que, após abertura do inquérito – que não tem data para ser finalizado – todos os envolvidos serão ouvidos: familiares, funcionários da Prefeitura e o secretário de Serviços Urbanos, Wilson de Souza.

A Prefeitura irá instaurar um inquérito para apurar a conduta dos funcionários e do administrador do cemitério, Claudinei Pereira. Já Wilson alegou durante entrevista ao DGABC que o episódio foi uma armação do vereador Akira do Povo (Podemos). No dia do ocorrido, Akira fez uma live em suas redes sociais para denunciar o caso e ajudou a abrir a cova.

O secretário afirmou que os funcionários prestam serviço no local há anos e não havia motivos para recusa. Ambos retornaram para suas funções, apesar da abertura de inquérito.

Já Akira afirmou que pretende levar o caso ao Ministério Público. Sobre as acusações, o parlamentar afirma que está tranquilo uma vez que foi acionado pelas pessoas presentes. Ele também rebate a versão de Wilson sobre a recusa dos funcionários e alega que eles estão fazendo serviços fora de suas funções, como a exumação para liberar jazigos.

“A organização do cemitério é muito falha. Os funcionários não estavam convictos se havia corpo no local ou não. Resolvemos arriscar. Caso tivesse algo pararíamos imediatamente”, esclarece o parlamentar sobre ajudar os familiares a cavar a vala.