Claudinho se defende de acusações e pede afastamento de Charles Fumagalli

O prefeito de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira (PSDB), registrou defesa nos processos de impeachment que responde na Câmara. A princípio, ele negou as acusações e transferiu a culpa aos secretários por não responderem requerimentos. O prefeito pediu que Alex Manente (Cidadania) e Carla Morando (PSDB) sejam testemunhas. Além disso, o chefe do executivo quer o afastamento de Charles Fumagalli (PTB), presidente da casa.

No dia 15 de setembro, a Câmara instalou dois processos contra Claudinho, procedimento que dá início ao processo de impeachment do prefeito. A primeira acusação, avalia a responsabilidade do prefeito na ausência de resposta de requerimentos feitos por vereadores. Já a segunda tem foco no suposto esquema interno para fura-fila de vacinação contra a Covid-19 por parte de servidores.

Claudinho chegou a ser afastado para não atrapalhar a investigação, mas decisão foi revogada pela justiça após 1 dia.

A Defesa é assinada pelo advogado Pedro Henrique Gomes Callado Moraes, do escritório Callado, Petrin, Paes e Cezar. O documento declara que o prefeito não pode ser responsabilizado por falta de respostas quando os requerimentos são endereçados aos secretários. Ainda mais, ele cita a LOM (Lei Orgânica do Município) que remetem aos auxiliares a responsabilidade de explicar os questionamentos.

Contudo, o que chama atenção é o trecho exclusivo sobre Charles Fumagalli. Nesta parte, Claudinho indica conflito de interesses porque Charles é irmão da vice-prefeita Penha Fumagalli (PTB), com quem o gestor rompeu em maio deste ano.

Em conclusão, Charles foi o presidente da sessão que processou e afastou o prefeito. Dessa forma, Claudinho se defende declarando que “A relação de parentesco entre o vereador Charles Fumagalli e a vice-prefeita Maria da Penha é prova cabal do impedimento do mencionado vereador, devendo o mesmo ser afastado do presente julgamento e providenciada a convocação de seu suplente nos termos da lei, com declaração de nulidade de todos os atos dos quais tenha participado”.