Os números completos do estudo “2018 – Mercado Brasileiro de Software: Panorama e Tendências” foram divulgados nesta segunda-feira (20), durante a 8ª Conferência Anual da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), em São Paulo (SP). Desenvolvido anualmente pela associação, o documento utiliza dados do IDC referentes ao último ano para fornecer um retrato do mercado de software a apresentar as principais tendências do setor. O estudo completo estará disponível no site da ABES a partir do dia 21 de agosto.
Entre os destaques, o levantamento aponta que o Brasil segue na 9ª colocação no ranking mundial de softwares e serviços, com um mercado de US$ 18,6 bilhões (equivalente a cerca de 1,6% do total mundial, que girou em torno de US$ 1,14 bilhão em 2017). O país está muito próximo do tamanho dos mercados de nações como Holanda e Itália, que ocupam as 10ª e 11ª posições, respectivamente, e pouco atrás da Austrália, 8ª colocada na lista. No geral, todos os indicadores brasileiros tiveram sutis aumentos de 2016 para 2017, como o total de empresas atuando no setor – que passou de 15.700 para 17.000.
“O ano de 2017 evidenciou uma retomada no crescimento do setor de TI no Brasil, após um 2016 difícil. Como já divulgamos na primeira prévia do estudo, os investimentos em Tecnologia da Informação no país cresceram 4,5% em relação ao ano anterior. Foi o ano do início da recuperação que esperamos continuar em 2018, com a retomada dos investimentos em tecnologia, que não podem mais ser postergados. “, afirma Jorge Sukarie, presidente do Conselho da ABES, que apresentou o estudo aos presentes no evento da entidade, que reuniu alguns dos principais empresários e autoridades do setor.
Outro dado interessante são as características das empresas brasileiras desenvolvedoras de software: 49,3% delas são consideradas micros (ou seja, com 10 funcionários ou menos), 46,2% pequenas (de 10 a 99 empregados), 4% médias (entre 100 e 500 trabalhadores) e apenas 0,5% grandes (acima de 500 funcionários). “Esses números ressaltam a importância da promoção de políticas de incentivo e fomento às pequenas e médias empresas, que são imprescindíveis para que o setor de software brasileiro avance e transforme o país digitalmente”, completa Sukarie. Hoje, o setor de software representa 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional.
Além de mapear todos os pontos relativos à realidade do mercado, o estudo também aponta as tendências para 2018. A projeção atual indica que o mercado brasileiro de tecnologia da informação crescerá 4,1% em 2018, seguindo tendências como o amadurecimento das tecnologias ligadas à Internet das Coisas – segundo o IDC, no próximo ano, o IoT movimentará US$ 8 bilhões no Brasil, sendo US$ 612 milhões no mercado doméstico, com 4% das residências já utilizando algum tipo de dispositivo conectado. Outro movimento notado é a expansão do mercado de tablets e smartphones para o ramo corporativo (que, em 2018, terá um volume de vendas estimado em 3,5 milhões de unidades, ou pouco mais de US$ 1 bilhão no Brasil, representando 6% do total). Entre diferentes inovações mencionadas pelo estudo, que devem impulsionar a economia, estão Big Data/ Analytics, Cognitive/AI, cloud pública e multicloud, entre outras.